Post do IBEI

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tire dúvidas sobre declaração de imóveis no IR 2011

Tire dúvidas sobre declaração de imóveis no IR 2011
Saiba como declarar contrato de gaveta e saldo devedor de financiamento.
Perguntas sobre o tema foram respondidas pela Declare Certo IOB.
Do G1, em São Paulo


saiba mais

Confira os fatores que obrigam a apresentar declaração do IR 2011
A consultoria Declare Certo IOB elaborou, a pedido do G1, uma lista de questões sobre a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2011 referentes a declaração de imóveis.

Veja os principais temas:


1) Qual o valor a ser declarado de um bem imóvel? O da escritura ou aquele com acréscimos e benfeitorias?
Resposta: O custo dos bens e direitos adquiridos a partir de 1º de janeiro de 1996 não estão sujeito a atualização. Assim, o valor do imóvel a ser informado na Declaração de Bens e Direitos é o constante da escritura. Mas há outro caso: no caso das benfeitorias realizadas no imóvel adquirido após 1988, em 2010, o custo das mesmas deve ser acrescido ao valor do imóvel: a) na coluna discriminação, juntamente com os dados do bem, o custo das benfeitorias; b) na coluna ano de 2009, o valor do bem constante na declaração do exercício de 2010, ano-calendário de 2009; e c) na coluna ano de 2010, o valor do bem acrescido do valor pago em 2010 pelas benfeitorias realizadas.

2) Pessoa física que vendeu imóvel residencial em junho de 2010 e não conseguiu comprar outro imóvel residencial no prazo de 180 dias. Como deverá proceder para recolher o Imposto de Renda que deveria ter sido pago no mês subsequente ao da venda?
Resposta: O lucro na venda de imóveis fica isento quando outro imóvel é adquirido em até 180 dias. Se um novo imóvel não for adquirido em 180 dias, o contribuinte está sujeito a recolher o imposto, acrescido taxa Selic e 1% de juro de mora.

3) A indenização recebida pelo locador em decorrência de danos causados no imóvel locado é tributável para o IR?
Resposta: Não. Esta indenização, destinada exclusivamente aos reparos necessários e indispensáveis à recuperação do imóvel locado, não constitui rendimento tributável. São considerados rendimentos isentos os valores que tiverem por finalidade a reposição de algo perdido, pois a indenização não gera acréscimo patrimonial.

4) Qual é o tratamento tributário do saldo devedor de financiamento para aquisição da casa própria, quitado em virtude de invalidez permanente ou falecimento do mutuário?
Resposta: O valor correspondente ao saldo devedor quitado por motivo de invalidez permanente ou morte do mutuário não está sujeito a tributação pelo Imposto de Renda. Os financiamentos são em geral garantidos por apólices de seguro prevendo sua quitação em caso de morte do financiado, razão para a não-tributação do saldo não quitado em razão do falecimento pago pela seguradora. Na ficha "Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis", informe o valor pago pela Seguradora referente ao capital da apólice de seguro, correspondente ao saldo devedor pago. Na ficha "Bens e Direitos" some ao saldo anterior as parcelas pagas e o valor do saldo devedor quitado pela seguradora.

5) É possível informar a dedução da desvalorização de um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal em algum campo da declaração?
Resposta: A desvalorização de um imóvel não pode ser declarada e nem pode ser deduzida na declaração. O valor na declaração é o custo de aquisição, ou seja, o quanto foi ou está sendo pago pelo bem.

6) Como devem ser declaradas as aquisições efetuadas por meio de contrato particular de compra e venda ou contrato de gaveta?
Resposta: O contrato particular firmado entre construtora, agente financeiro ou pessoa física com o adquirente é instrumento válido para configurar a aquisição do imóvel, mesmo que o adquirente não tenha desembolsado qualquer quantia. Assim, a partir da data do contrato, o adquirente deve informá-lo em sua Declaração de Bens e Direitos.

7) O contribuinte que vende um ou mais imóveis residenciais cujos recursos são utilizados na construção de outro imóvel pode considerar o ganho de capital isento de imposto de renda
Resposta: Não. A isenção somente se aplica para a aquisição, no prazo de 180 dias, a contar da primeira alienação, de imóveis residenciais construídos ou em construção, não abrangendo os gastos para a construção de imóvel, os gastos para a continuidade de obras em imóvel em construção ou ainda os gastos com benfeitorias ou reformas em imóveis de propriedade do contribuinte.

Com IGP-M acima de 11%, saiba calcular o reajuste do seu aluguel

Por: Gladys Ferraz Magalhães
28/02/11 - 08h42
InfoMoney



SÃO PAULO - O índice que baliza o reajuste do valor do aluguel residencial registrou, nos últimos 12 meses terminados em fevereiro, aumento acumulado de 11,3%. Logo, o fator multiplicador para contratos que vencem em março e tem pagamento em abril é de 1,1130.

Levando em conta somente o mês de fevereiro, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) registrou alta de 1%, de acordo com dados da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgados pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Cálculo
Com o reajuste atrelado ao IGP-M, um imóvel alugado por R$ 1 mil até fevereiro passa a custar R$ 1.113 a partir de de março e pelos próximos 11 meses. Se o aluguel era, por exemplo, de R$ 1.200, passará a valer R$ 1.335,60.

Ainda de acordo com o Secovi, uma forma simples de realizar o cálculo é a utilização do fator de reajuste que, multiplicado pelo valor de locação vigente, indicará o valor do novo aluguel.

Para contratos com aniversário em fevereiro e pagamento em março, considera-se 1,1150 como fator, como pode ser observado na tabela abaixo:

Reajuste de contratos
Aniversário Pagamento Fator
Novembro Dezembro 1,0881
Dezembro Janeiro 1,1027
Janeiro Fevereiro 1,1132
Fevereiro Março 1,1150
Março Abril 1,1130
Fonte: Secovi-SP

Construção civil: governo e associação firmam convênio para treinar 100 mil

Construção civil: governo e associação firmam convênio para treinar 100 mil

Por: Equipe InfoMoney
25/02/11 - 16h14
InfoMoney



SÃO PAULO - Cerca de 100 mil trabalhadores com idade acima de 16 anos serão capacitados nos próximos anos para atender à crescente demanda do mercado de construção civil no País. Nesta sexta (25), o Ministério do Trabalho e Emprego e a Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base) firmaram um termo de cooperação técnica para promover ações de qualificação com o objetivo de melhorar a oferta de mão de obra para construção civil na infraestrutura.

As áreas visadas pelo programa são solda, encanamento e instalação de tubulações, instalações elétricas, montagem de estruturas de madeira e metal, pintura de obras e estruturas metálicas, além de estruturas de alvenaria.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reconheceu, durante a assinatura do compromisso, que a falta de profissionais qualificados pode comprometer o crescimento do País, já que a produção e contratação pode cair por ausência de quadros capacitados no mercado.

Mesmo assim, o ministro reafirmou a confiança na criação de 3 milhões de empregos neste ano. “O resultado de janeiro já foi muito bom. Foram 150 mil, sem o ajuste feito quanto recebemos todos os dados das empresas que mandam informações fora do prazo. O menor crescimento do PIB também não afeta negativamente a geração de empregos”, opinou.

“Essa parceria com a Abdib é exatamente para isso, porque eles estão no local e sabem da realidade. Nosso desafio é construir os cursos de maneira tão transparente e fundamentada que só atraiam instituições sérias”, disse o ministro, segundo a Agência Brasil.

Custos
O ministério vai custear parte do custo dos cursos de qualificação contribuindo com a estrutura existente. O restante será bancado pelas empresas que aderirem ao projeto.

Segundo o presidente da Abdib, Paulo Godoy, o convênio tem o objetivo principal de promover treinamento de pessoas, especialmente nas regiões em que há dificuldade em implantar cursos desse tipo. São os casos de canteiros de obras e empreendimentos afastados dos grandes centros.

Para Godoy, o custo da iniciativa não preocupa as corporações, porque o projeto é autofinanciado. "Se montamos um bom programa, as empresas que treinarão seus profissionais acabarão elas mesmo custeando a iniciativa. É provável que tenhamos um grande canteiro que possa dar o impulso ao programa

Inadimplência de aluguel gera despejo rápido, mesmo em processos antigos



Por: Flávia Furlan Nunes
28/02/11 - 10h31
InfoMoney


SÃO PAULO - A inadimplência com aluguel pode gerar despejo mais rápido do inquilino, mesmo em processos antigos, movidos antes da Lei 12.112/2009, segundo entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça)

Essa lei atualizou as regras que estavam contidas na Lei do Inquilinato (8.245/1991). Em vigor desde 24 de janeiro de 2010, ela garante ao locador mecanismos para preservação de seus direitos.

Entre eles, está a facilitação do procedimento das ações de despejo, como a ampliação do rol de hipóteses em que é admitido o despejo liminar no prazo de 15 dias.

Caso real
Em um caso julgado pela Quarta Turma do STJ, o ministro Luis Felipe Salomão afirmou que, “tratando-se de norma inserida na Lei do Inquilinato, deve esta ter aplicação imediata, inclusive em processos em curso”.

O caso julgado tratou da possibilidade de concessão de antecipação de tutela em ação de despejo por falta de pagamento – uma situação não prevista no texto original do artigo 59 da Lei do Inquilinato.

EUA: assinaturas de contratos de venda de casas caem 2,8% em dezembro

EUA: assinaturas de contratos de venda de casas caem 2,8% em dezembro

Por: Equipe InfoMoney
28/02/11 - 12h15
InfoMoney


SÃO PAULO - O número de contratos de compra e venda de casas nos EUA apresentou queda de 2,8% em dezembro, informou a NAR (Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos Estados Unidos) nesta segunda-feira (28).

O resultado do período foi acima das expectativas, que apontavam queda de 3,2%. Além disso, o ccresultado ficou acima da variação vista em novembro, quando o Pending Home Sales também apontara queda de 3,2%, conforme os números revisados (de +2,0%).

Entenda o indicador
O NAR's Pending Home Sales Index (PHSI) é utilizado como um sinalizador para os demais indicadores do mercado imobiliário norte-americano.

O indicador mede a atividade de contratos, ou seja, é baseado nos acordos assinados de compra e venda de residências do setor imobiliário norte-americano. Vale ressaltar, porém, que o contrato assinado não é contado como uma venda até que a transação esteja completa.

Programa Minha Casa Minha Vida

Programa Minha Casa Minha Vida - Recursos FAR Boas-vindas Municipal Programas de Habitação Programa Minha Casa Minha Vida - Recursos FAR Saiba mais
Saiba mais Documentos para download

Saiba mais

O que é o Programa


O Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV – destinado a famílias com renda bruta de até R$1.395,00 – Recursos FAR é um programa do Governo Federal, gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela CAIXA.

Consiste na aquisição de terreno e construção de unidades habitacionais, que depois de concluídas são vendidas, às famílias que possuem renda familiar mensal até R$1.395,00.

É prevista a construção e venda de 400.000 unidades habitacionais, localizadas nas capitais estaduais e respectivas regiões metropolitanas, região metropolitana de Campinas/SP e Baixada Santista/SP, Distrito Federal e municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes, no triênio 2009/2011.

A construção das unidades habitacionais ocorre a partir da contratação de empreendimentos em condomínio ou em loteamento, constituídos de apartamentos ou casas, limitados em 500 unidades por empreendimento. As especificações dos empreendimentos estão dispostas nos documentos Especificação para Empreendimento até 3SM Apartamento e Especificação para Empreendimento até 3SM Casa.

A execução das obras do empreendimento é realizada por Construtora contratada pela CAIXA, que se responsabiliza pela entrega dos imóveis concluídos e legalizados.

Os imóveis contratados são de propriedade exclusiva do FAR e integram seu patrimônio até que sejam alienados.

A quem se destina


As famílias a serem beneficiadas pelo Programa são indicadas pelo município ou Governo do Estado/Distrito Federal e a seleção é realizada pela CAIXA.
Os imóveis são adquiridos pelas famílias beneficiadas por venda com parcelamento.

Áreas de atuação do Programa


A abrangência do Programa prevê a contratação de empreendimentos localizados nas capitais estaduais e respectivas regiões metropolitanas, região metropolitana de Campinas/SP e Baixada Santista/SP, Distrito Federal e municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes.

Como Funciona
O governo estadual ou municipal assina o Termo de Adesão com a CAIXA e a partir desse momento a CAIXA passa a receber propostas de aquisição de terreno e produção de empreendimentos para análise junto com a documentação necessária especificada no documento Relação de documentos e formulários jurídicos.

Após análise, a CAIXA contrata a operação, acompanha a execução das obras pela Construtora, destinando-o ao público alvo do Programa.

Origem dos Recursos
Para viabilizar a construção das unidades habitacionais foram aportados ao FAR - Fundo de Arrendamento Residencial, recursos no valor de R$ 14 bilhões.

Orçamento
A distribuição orçamentária é feita nas 27 Unidades Federativas do Brasil, tendo como base o estudo do déficit habitacional dos municípios que compõem às respectivas unidades.
Para efeito de contratação do orçamento disponibilizado, são priorizados para fins de contratação os projetos que apresentam:

Maior contrapartida/participação dos Estados e Municípios;
Menor valor de aquisição das unidades habitacionais;
Empreendimentos em regime de loteamento;
Existência prévia de infra-estrutura (água, esgoto e energia);
Atendimento a regiões que recebam impacto de grandes empreendimentos de infra-estrutura (usinas, hidrelétricas, portos).
Participantes do Programa
Caixa Econômica Federal - Agente executor do Programa, responsável pela alocação dos recursos, definição dos critérios e expedição dos atos necessários à operacionalização do Programa.
Ministério das Cidades - Agente gestor do Programa, a quem compete estabelecer diretrizes, fixar regras e condições, definir a distribuição de recursos entre as Unidades da Federação, além de acompanhar e avaliar o desempenho do Programa.
Ministério da Fazenda - Em conjunto com o Ministério das Cidades, fixa a remuneração da CAIXA, pelas atividades exercidas no âmbito do Programa.
Poder Público Estadual e Municipal - Tem sua participação estabelecida por meio de assinatura de Convênio com a CAIXA, visando assegurar a sua colaboração nas ações em prol do desenvolvimento de fatores facilitadores à implementação dos projetos, destacando-se a indicação das áreas priorizadas para implantação dos projetos, isenção de tributos, aporte de recursos e indicação de solicitantes para a venda dos empreendimentos.
Construtoras e Órgãos Assemelhados - Participam na apresentação de propostas e execução dos projetos aprovados para aquisição de unidades habitacionais na forma estabelecida pelas normas do Programa.
Público Alvo - Famílias com rendimento mensal de até R$1.395,00.
Executor do Trabalho Técnico Social - Pessoa Jurídica, selecionada por meio de credenciamento, para elaborar e executar o programa de trabalho técnico social nos empreendimentos contratados.

Características dos empreendimentos
O número de unidades habitacionais por empreendimento é estabelecido em função da área e do projeto, limitado em 500 unidades por empreendimento.

As unidades habitacionais apresentam tipologia de casas térreas ou apartamentos.

Tipologia mínima apresentada para casa térrea:

02 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço;
área útil mínima de 32 m².
Tipologia mínima apresentada para apartamento:

02 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço;
área útil mínima de 37 m².
Valor
O valor máximo das unidades habitacionais está estabelecido por UF/Localidade e por tipologia diferenciada em casa e apartamento e disposto na Portaria Ministério das Cidades nº 93, de 24.02.2010.

Doação de Imóvel pelo Município
Quando houver manifestação de doação de terrenos no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida por parte do poder público, deve ocorrer a referida doação ao FAR – Fundo de Arrendamento Residencial, o qual promove a construção de unidades habitacionais destinadas ao público alvo do PMCMV.

Para a eleição da empresa construtora deve haver um processo formal de escolha, observado os princípios de legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade administrativa, interesse público e eficiência, o qual poderá ser realizado pela prefeitura ou pela CAIXA.

O processo de doação de terreno pelos municípios deve atender a rito próprio de cada município, orientado por sua assessoria jurídica.

Para subsidiar o trabalho a ser realizado pela prefeitura, disponibilizamos material com roteiro e modelos, que servirão como sugestão para auxiliar no desenvolvimento desse processo.

As sugestões apresentadas podem ser usadas, a critério dos interessados, como parâmetro para o caso em questão, não eximindo a necessidade do município de analisar a regularidade jurídica, para verificação de sua aplicabilidade aos casos concretos, especialmente em relação a sua adequação às normas legais e administrativas, com destaque às disposições da Lei nº 8.666/93, 10.188/01 e 11.977/09, não assumindo a CAIXA quaisquer responsabilidades na utilização desses termos, sem os cuidados pertinentes.

Outros documentos como a Manual Minha Casa Minha Vida e a Minuta de Contrato estão disponíveis na página Documentos para Download.

Legislação
Leis:

Lei nº 10.188 de 12.02.2001

Lei nº 10.859 de 14.04.2004

Lei nº 11.474 de 15.05.2007

Lei nº 11.977 de 07.07.2009

Lei nº 12.024 de 27.08.2009

Decretos:

Decreto nº 6.962, de 13.04.2009


Instrução Normativa:

IN RFB nº 934, de 27.04.2009


Portari as:
Portaria Ministério das Cidades nº 93, de 24.02.2010

Portaria Ministério das Cidades nº 140, de 05.03.2010

Portaria Ministério das Cidades nº 153, de 15.04.2010

Baixa renda não tem acesso ao Minha Casa, diz Rolnik



São Paulo – As famílias com ganhos mensais de até três salários mínimos não têm acesso ao programa Minha Casa, Minha vida; e falta participação da população nas decisões quanto às políticas públicas municipais, estaduais e federais.

As colocações foram feitas pela relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU), urbanista Raquel Rolnik, durante participação (26, fevereiro) na 3ª Jornada da Moradia Digna - O Impacto dos Megaprojetos e as Violações do Direito à Cidade.

O encontro, que aconteceu (26/27) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), reuniu representantes comunitários, líderes de movimentos sociais, especialistas e a Defensoria Pública. A finalidade da Jornada da Moradia Digna é discutir a situação das famílias ameaçadas por despejo ou remoção, em função das desapropriações causadas pelas intervenções urbanísticas, destinadas a adequar as cidades brasileiras à realização da Copa do Mundo, em 2014; e das Olimpíadas, em 2016.

Rolnik, que é professora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), disse durante o encontro que tais intervenções afetam profundamente a vida das comunidades, “provocando remoções e despejos, o que é uma violação aos direitos humanos”.

A urbanista afirmou que as faixas de baixa renda são as mais atingidas pelas desapropriações, pagas com valores insuficientes para comprar outro imóvel ou encontrar nova acomodação. Para estas famílias, conforme Rolnik, devem ser criados espaços em áreas das Regiões Metropolitanas onde há melhor oferta de infraestrutura urbana, a exemplo de hospitais, trabalho e lazer.

A remoção sem planejamento - assinalou Rolnik, alimenta a máquina da exclusão territorial e as ocupações em áreas de risco. De acordo com a relatora especial da ONU, há no País cinco milhões de imóveis desocupados, que podem resolver, em grande parte, o déficit habitacional de seis milhões de moradias.

Fonte R7

A 'cesta de commodities' que pesa no aluguel pode engordar



São Paulo - Para quem não sabe, e de forma bem simplista, commodity (ou commodities, no plural - mercadorias, em inglês) é um termo que identifica bens em estado bruto, ou com grau mínimo de industrialização. As commodities são importantes na economia porque têm cotação (preço) e negociação global. Há, por exemplo, as commodities agropecuárias (trigo, algodão, café, soja, boi gordo); as minerais (minério de ferro, alumínio, níquel); e as ambientais (crédito de carbono).

As commodities são negociadas nas Bolsas de Mercadorias e movimentam, diariamente, bilhões de dólares. Quando, internacionalmente, há maior demanda por trigo, por exemplo, as empresas produtoras lucram, e, de certa forma, quem ajuda a pagar o lucro é o nosso aluguel, no caso de o reajuste do mesmo estar atrelado ao Índice Geral de Preço de Mercado (IGP-M).

Todo mês, você recebe informação sobre as oscilações do IGP-M, o índice utilizado para corrigir a maioria dos contratos de aluguel, em nosso País. Ainda utilizando um resumo simplista, isoladamente o IGP-M não existe. Para chegar até ele, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) utiliza os resultados de três outros indexadores: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA); Índice de Preços ao Consumidor (IPC); e Índice Nacional de Custos da Construção (INCC).

Entre seus componentes, o IPA tem o grupo das matérias-primas brutas, recheadinho de commodities: milho, minério de ferro, algodão, soja. Quando as galinhas que ganham milho da Mariquinha estão com uma fome voraz; ou quando há um generalizado frisson mundial por aço (utilizado em praticamente todas as obras da construção civil e produzido a partir do minério de ferro), pouco vai adiantar você deixar de comer pamonha, ou desistir de comprar aquela mesinha com tampo de aço escovado. A demanda mundial vai inflar o IPA, que vai inflar o IGP-M, que vai inflar o nosso aluguel.

O IPC é composto pelos resultados das variações de preços de produtos agrupados em sete classes, entre elas a da carne bovina. Ainda que magra, a carne bovina que consumimos internamente tem seu preço influenciado pela cotação do boi gordo, aquele lá, da commodity global.

Aí que quando você lê, por exemplo: “a alta do IPC foi puxada pelo aumento da carne bovina”, significa também que houve maior demanda mundial por boi gordo, os produtores exportadores lucraram mais no mês, e o IPC alteado vai cair no IGP-M, que por sua vez despencará no nosso contrato de locação. A cada garfada no contrafilé, que à altura do almoço já terá custado mais caro, “demandaremos” aumento no nosso aluguel.

Finalmente, chegamos ao terceiro componente do IGP-M, que é o INCC. Entre outras influências, o Índice Nacional de Custo da Construção tem impacto do custo da mão de obra. Mão de obra não é commodity, você já está dizendo. Realmente, não é (o peso da commodity minério de ferro já está no índice anterior), mas se o teu cônjuge é pedreiro, ou engenheira, operador de máquinas, vidraceiro ou serve cafezinho numa construtora, o salário que recebe e que, em parte, será utilizado para pagar o aluguel, é o mesmo salário que contribui para aumentar... o aluguel.

Então, quem manda dar milho para galinha, gostar de pamonha, comprar mesa com tampo de aço escovado, atacar de bocada o contrafilé e ter marido ou esposa trabalhando na construção civil? Desse jeito, não vai dar para reclamar do aumento do aluguel, porque os culpados e as vítimas são as mesmas pessoas: nós.

“Índice de preços de imóveis residenciais: cuidado” - De acordo com o Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi/SP), existe a tendência de que outro “vilão” venha nos substituir na “culpa” de causadores do aumento de preço do nosso próprio aluguel, e também nos preços dos imóveis que, um dia, vamos comprar.

Em nota publicada (27, domingo, fevereiro) na mídia, sob título “Índice de preços de imóveis residenciais: Cuidado!”, o Secovi/SP comenta que o governo anunciou a intenção de criar um índice oficial, com vistas a medir a evolução do preço de imóveis no País e detectar risco de “bolhas” no mercado imobiliário, com o que ele, Secovi/SP, “está preocupado”.

De acordo com afirmações, na nota, do presidente do Secovi/SP, João Crestana, a preocupação se deve a que “há o risco de indexação (mais uma “commodity” na cesta que nosso aluguel tem dificuldade em carregar) e é complexo definir um modelo comum, em razão de características regionais e de o estoque de imóveis ser muito diferenciado”.

Já pensou? Mais um índice mirando bem na jugular do nosso aluguel? E distanciando nossa chance de deixar o aluguel para lá, e morar no nosso próprio puxadinho? Que coisa! Nos Estados Unidos e em países europeus, índices para detectar “bolhas” imobiliárias existem à farta. Aqueles não só deixaram de detectar a “bolha”, como, de certa forma, foram responsáveis por traçar o caminho que levou para o brejo as vacas e seus respectivos bezerros, norte-americanos e europeus (será que tem algo a ver com o vírus da vaca louca?).

Na nota, Crestana alerta: “O índice poderá ser mal interpretado e divorciado da realidade. Para servir à formação de conhecimento e não meramente à indexação irracional (cruz, credo!) de contratos de venda e locação, é preciso haver análise e debates profundos com a sociedade”.

A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F-Bovespa), através da Fundação Getúlio Vargas, já criou um indicador – o Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial (IGMI-C), e informa que, em breve, lançará o IGMI residencial. As instituições parceiras esclarecem que os índices – criado e a criar, não serão utilizados para indexar preços de imóveis, e sim orientar os grandes conglomerados financeiros (notadamente, fundos de pensão) que pretendem investir no mercado imobiliário.

Sabe o que quer dizer BM&F? Quer dizer: Bolsa de Mercadorias & Futuro. Lá no começo da nossa conversa você leu que commodities são negociadas em bolsas de mercadorias. Leu também que commodity quer dizer mercadoria (algumas daquelas que fazem o nosso aluguel subir). Quanto ao “Futuro” da sigla, oficialmente significa negócios através dos quais o investidor “aposta” que, após certo período, as cotações de alguma (ou algumas) mercadoria alcançará determinado patamar. Extra oficialmente, pode significar certa interferência no futuro do nosso aluguel.

Em tempo: suco de abacaxi é commodity, e de maracujá, também.

Fonte:R7

Como Fazer uma Oferta

Como Fazer uma Oferta


Redação - Lugar Certo






Como Fazer uma Oferta
Já que uma oferta oral não tem valor legal na compra e venda de um imóvel, é essencial que o provável comprador e o vendedor discutam um possível contrato escrito. O contrato começa com uma proposta escrita, que inclui o preço e condições de compra.

Corretores de imóveis geralmente têm uma variedade de formulários padrão, inclusive acordos de compra residencial atualizados e que estão disponíveis para aqueles que usam seus serviços. Os corretores também podem responder perguntas que surjam durante o processo. Finalmente, em muitos estados existem leis sobre obrigações do vendedor, e um corretor pode verificar se elas foram cumpridas corretamente.

Uma vez que a oferta é assinada, ela é apresentada ao vendedor. Uma oferta de compra, se aceita como está, se tornará um contrato de venda (também conhecido como acordo de compra, um acordo do valor em dinheiro ou um recibo de depósito). Por causa disso, é importante que ela contenha coisas como:

Endereço e (às vezes) uma descrição legal do imóvel.

Valor da venda.

Condições (por exemplo, à vista ou sujeita a obtenção de uma hipoteca para certa quantia).
Data para conclusão (venda real).

Quantia de depósito em dinheiro acompanhando a oferta, e se foi feito em cheque, dinheiro ou nota promissória e como ele será retornado se a oferta for rejeitada ou mantida como danos se o comprador voltar atrás por algo que não for considerado um motivo justo.

A forma pela qual os impostos referentes ao imóvel, aluguel, combustível, água e outros serão pagos deverá ser combinada entre o comprador e o vendedor.

Também deverá ser discutida a forma de pagamento do seguro, vistoria, inspeções de cupim e assuntos semelhantes.

O tipo de acordo a receber.

Outros requisitos específicos para um estado, que possam ser incluídos no caso de um advogado revisar o contrato.

A chance do comprador fazer uma última inspeção do imóvel logo antes da conclusão.

Um prazo para a oferta perder a validade. Ela geralmente vale por um pequeno período de tempo.

Contingências

As contingências explicam que uma oferta será aceita apenas se outras ações forem providenciadas. Por exemplo, uma contingência típica em um pedido de compra diz que a oferta dependente do comprador conseguir um financiamento específico de uma instituição de empréstimo ou que nenhum problema seja encontrado durante a inspeção do imóvel.

A coisa importante a se lembrar é ter certeza de que todos os detalhes foram mencionados na escrita da oferta de compra.

Os compradores que dispõem de todo o dinheiro, te a hipoteca pré-aprovada ou que não tem um imóvel atual para ser vendido estão em posição de vantagem para a compra. Em qualquer dessas situações, um comprador pode negociar um desconto abaixo do preço pedido. Porém, em um mercado de vendas aquecido, é recomendável que a oferta seja igual ao valor pedido (ou maior) para cobrir outras ofertas iniciais.

Também é recomendável que um comprador descubra por que o imóvel está sendo vendido e o vendedor está sob pressão. Lembre-se que a cada mês que um imóvel permanece não vendido significa despesa extra para o vendedor.

Um depósito deve acompanhar sua oferta. Ele mostra boa fé para o vendedor. O dinheiro se tornará parte de seu sinal. Geralmente, o dinheiro é seguro por um corretor ou um advogado. A quantia de dinheiro varia de cidade para cidade. Seu agente deve ser capaz de recomendar uma quantia a você.

A oferta se torna um contrato quando o vendedor assina o documento e você é notificado a respeito. Se a oferta é rejeitada, o vendedor não pode mudar de idéia mais tarde.

Se o vendedor gosta de tudo exceto alguns aspectos da oferta, você pode pedir uma contra-proposta por escrito se concordar com as mudanças. O comprador pode aceitar ou rejeitar a oferta, ou fazer outra contra-proposta. O documento se torna um contrato quando uma das partes assinar um acordo de aceitação incondicional da proposta da outra parte.

Lista de verificação

Coisas a fazer:
- Comece com um preço justo e uma oferta justa
- Respeite as prioridades da outra parte
- Esteja preparado para assumir um compromisso
- Peça conselho

Coisas a não fazer:
- Não force demais sobre assuntos sensíveis
- Não deixe as emoções prejudicarem seu julgamento
- Não esquece de conseguir tudo por escrito
- Não aborde as negociações como uma disputa

Terrenos escassos

Júnia Leticia - Estado de Minas






Eduardo Almeida/RA Studio

Evandro Negrão de Lima Júnior, da CMI/Secovi-MG, cobra a redução de juros
Pensar em bairros periféricos implica investimento em áreas que ainda não têm todo o seu potencial construtivo explorado, o que poderia contribuir para amenizar a falta de moradia se a questão fosse a disponibilidade de lotes. "Discordo que não há terrenos, porque existem muitas áreas públicas que podem ser destinadas para fins sociais, já que o déficit habitacional está concentrado na faixa de até três salários mínimos", considera o vice-presidente das incorporadoras da CMI/Secovi-MG, Evandro Negrão de Lima Júnior.

O arquiteto Júlio Tôrres também observa que há disponibilidade de terrenos em áreas mais afastadas da Região Central. Segundo ele, grandes construtoras vêm buscando esses locais e já começam a surgir empreendimentos. "Normalmente, são projetos que passam por aprovação mais morosa e que, por isso, ainda não apareceram com força no nosso mercado."

Com isso, locais da Grande BH começam a ver surgir empreendimentos de grande porte. "As áreas próximas ao Centro Administrativo (Vetor Norte), Ribeirão das Neves, Betim e Contagem são algumas delas", exemplifica.Outra alternativa que pode ser levantada é a revitalização de imóveis antigos abandonados, encontrados em alguns pontos da cidade, principalmente nas regiões Central e Sul. Construções que, muitas vezes, servem de abrigo para pessoas em situação de risco e animais. "Diversos imóveis vêm se deteriorando por falta de recursos por parte dos proprietários para sua manutenção", observa Júlio.

De acordo com o arquiteto, nesses casos, também é comum que haja disputas judiciais por parte dos herdeiros dos proprietários originais. "Aí, o imóvel torna-se terra de ninguém enquanto corre o processo, que pode desdobrar-se por muitos anos. Nesse ínterim, o bem deixa de ser mantido e pode tornar-se alvo de invasões."

Mesmo assim, Evandro revela que já existem muitos projetos de retrofit, que buscam a revitalização desses imóveis. "Eles pegam os mais antigos e reformam toda a edificação, tornando-a apta para ser utilizada como moradia ou escritório. Há, também, programas de requalificação de áreas, como ocorreu no Centro, em que muitos imóveis comerciais ou áreas degradadas foram transformados em residenciais."

Apesar de haver essas alternativas, o custo da construção ainda dificulta um investimento pesado. Segundo Evandro, o programa Minha casa, minha vida é um exemplo de investimento para tentar sanar esse déficit. No entanto, ele reconhece que o custo da unidade dificulta. "O caminho para combater a carência habitacional é, cada vez mais, ter juros declinantes e facilitação de crédito, além de investir em políticas de subsídio quanto à questão salarial", sugere.

Confea: falta de engenheiros ameaça crescimento da economia do país

Agência Brasil -





Mercadante defende formação de tecnólogos

Leonardo Costa/Esp. EM/D.A Press


"Está faltando engenheiros no mercado de trabalho e faltará mais ainda". O alerta é de Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), que reúne profissionais dessas áreas além de geólogos e meteorologistas. Para ele, "o apagão de mão de obra poderá trazer graves consequências para a economia brasileira".

Em seu cálculo, o déficit é de 20 mil engenheiros por ano, número que poderá aumentar com a demanda dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida; além da exploração de petróleo na camada pré-sal; das Olimpíadas de 2016 e da Copa do Mundo de 2014.

Segundo Melo, a queixa recorrente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) é de que os projetos para a Copa de 2014 estão atrasados. Em sua opinião, faltam engenheiros para empreender projetos básicos e executivos. Ele ressaltou que alguns estádios-sede para a Copa foram projetados no exterior.

A importação de projetos e a contratação de mão de obra de fora preocupam não só os engenheiros, mas também o governo. "Isso pode ser viável desde que haja reciprocidade e tenha oportunidades de negócios para empresas brasileiras no exterior", disse nesta terça-feira o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, durante encontro organizado pelo Confea em Brasília.

Mercadante defende que a falta de engenheiros seja suprida por tecnólogos com formação mais curta do que o bacharelado em engenharia. A ideia não é apoiada pelos engenheiros e causou "burburinho", nas palavras do ministro, entre os profissionais, ao ser defendida no encontro.

"O Brasil vai ter que acelerar a formação desse profissional que está fazendo falta no mercado", insistiu Mercadante que contabiliza a formação de 10 mil tecnólogos e 30 mil engenheiros anualmente no país.

Mas, para o presidente do Confea, a entrada de tecnólogos no mercado de trabalho em substituição a engenheiros, por falta de mão de obra, não é o ideal. Melo apresentou outra opção: aproveitar engenheiros formados que não atuam na área e oferecer mestrado profissionalizante para a atualização profissional. Em sua conta, um terço dos cerca de 475 mil engenheiros formados no Brasil não trabalha na área.

Além disso, Melo quer que haja políticas públicas para diminuir a evasão dos cursos de engenharia e mais controle do Ministério da Educação sobre a qualidade dos cursos.

Mercadante disse que o governo trabalha na elaboração de um programa nacional para engenharia. Segundo ele, o Brasil forma um engenheiro a cada 50 pessoas que concluem o curso superior. Na Coreia do Sul, esse número é de um engenheiro para quatro graduados; e, no México, a relação é de um engenheiro para 20 graduados.

Em números absolutos, o Brasil também perde para outros países emergentes. Na Coreia, 90 mil engenheiros são formados por ano; na Índia, 220 mil; e, na China, 650 mil (incluindo-se, neste caso, 250 mil que têm formação assemelhada ao dos tecnólogos).

Apartamentos com valor abaixo de R$ 100 mil desaparecem em BH em 2010

Cecilia Kruel - Estado de Minas






Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press


Mesmo com o bom desempenho do setor imobiliário em 2010, os interessados em adquirir um apartamento novo em Belo Horizonte no ano passado encontraram um mercado caro, apesar do aumento das ofertas. É o que revela uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG) e divulgada nesta quinta-feira pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

Segundo os dados da pesquisa, o número de apartamento vendidos na capital mineira foi de 6,2 mil unidades, uma queda de 50 unidade registrada nas vendas do ano anterior. Mesmo com a pequena queda, o destaque ficou para as vendas de apartamento abaixo de R$ 100 mil, que caiu 99,82% no ano passado, na comparação com 2009. De acordo com o levantamento, em 2010 foram vendidas apenas três unidades nessa faixa de valor, comparados aos quase 1,7 mil negociadas no ano anterior.

O maior aumento nas vendas foi dos imóveis valendo entre R$ 250 mil e R$ 500 mil, com crescimento de 45,38% na mesma comparação. Em seguida estão os apartamento com valor acima de R$ 500 mil, com alta de 37,71%. Na avaliação dos especialistas do Ipead, o aumento no faturamento do setor imobiliário e o aumento na oferta de crédito para os consumidores na economia foi responsável pelo desaparecimento dos imóveis de baixo custo na capital.

O número de apartamento lançados no mercado no ano teve o melhor desempenho, desde 1995, com 5.792 novas unidades ofertadas. O pior desempenho do mercado imobiliário no lançamento de novos imóveis foi em 2005, quando foram oferecidos somente 1.298 unidade em Belo Horizonte.

Classe média em alta

O bairros considerados de classe média pelo instituto foram os que mais atraíram os consumidores, com crescimento de 108% nas vendas e um crescimento na oferta impressionante de mais de 10.500%. Já o número de unidades vendidas em bairros populares no ano passado caiu quase 25%, informou o Ipead. Mas a queda não se destaca somente nos bairro mais humildes. Nas regiões luxuosas de BH, houve queda nas vendas de quase 30% no período.

O bairro Castelo, na tradicional Região da Pampulha, apresentou o melhor desempenho nas vendas de apartamentos novos no ano passado, com 1,213 mil unidades negociadas. O bairro Buritis, na Região Oeste, seguiu a tendência dos bairros de classe média e apresentou o segundo melhor desempenhos nas vendas no período, com 632 unidades negociadas.

Na planta

O número de apartamentos vendidos ainda na planta apresentaram crescimento em 2010 de 9,26%, na comparação com o ano anterior. Já as unidades ainda em construção, que possuem o maior número de negociações, apresentaram queda de 24,17% nas vendas do período.

Há espaço para crescer mais

Elian Guimarães - Estado de Minas





Expectativas são boas no país, com o nível de renda crescendo e novas famílias integrando a classe média, foco principal do ramo da construção residencial

Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press

"Pesquisa da CNI mede o humor dos empresários e a perspectiva otimista supera os 60 pontos" - Daniel Furletti, coordenador sindical do Sinduscon

A sondagem divulgada em 23 de fevereiro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) não diminuiu o otimismo do setor da construção. As expectativas são muito positivas, inclusive pela sinalização da presidente da República, Dilma Roussef, que, por duas ocasiões, garantiu que não haverá cortes orçamentários em obras de infraestrutura, nem do programa Minha casa, minha vida.

Segundo o gerente executivo da CNI, Renato Fonseca, a construção de imóveis continuará muito aquecida, e a infraestrutura é o gargalo para o crescimento de vários setores da economia brasileira e, certamente, não terá seu ritmo diminuído. "São dois braços importantes: moradia e infraestrutura".

São três os alicerces da construção, que indicam para resultados positivos nos próximos anos, de acordo com Rubens Menin, presidente da MRV Engenharia, cuja empresa prevê um crescimento este ano de 20% em relação ao ano passado. A demanda é muito grande pelo déficit habitacional e aumenta com a formação de 1,5 milhão de famílias a cada ano. O nível de renda vem aumentando e novas famílias integram a classe média, foco principal do ramo da construção residencial, o crédito privilegiado que o Brasil dispõe no momento.

Para Menin, ainda há muito a caminhar. "O Brasil utiliza menos de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no crédito imobiliário. Enquanto as construtoras lançaram 450 mil unidades habitacionais no Brasil, o México, com a metade da população brasileira e características semelhantes às do Brasil, lançou 850 unidades em 2010."

O presidente da MRV considera o Brasil o maior mercado da construção civil do mundo ocidental. As empresas estão bem capitalizadas, e o mercado está muito forte. Além disso, o governo brasileiro estipulou o setor como um pilar do desenvolvimento: "Enquanto o país gasta 3% do cimento produzido no mundo, a China gasta 50%. O Brasil utiliza menos de 30 milhões de toneladas de aço, enquanto o país asiático usa 250 milhões. Portanto, há ainda muito a crescer."

ENCARGOS

Para o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Daniel Furletti, a pesquisa da CNI mede o humor dos empresários e a perspectiva otimista supera os 60 pontos. O economista chama a atenção para os dados da sondagem anterior, em que foi pedido aos empresários do setor que indicassem os principais problemas. Foram apontados a carga tributária, que, segundo Daniel, chega a 37%, os encargos sociais, que, em Belo Horizonte, chegam a 192% dos salários, e os juros, a 12% ao ano. "Isso preocupa muito os setores produtivos."

Clima provoca retração

Elian Guimarães - Estado de Minas





Recuo da construção civil em janeiro foi de 47,2 pontos em relação a dezembro, mas setor aposta no crescimento de obras de edifícios e moradias

Apesar da queda na atividade, mercado da construção civil trabalha com cenário positivo para este ano

Pela primeira vez, desde que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou a medir, há um ano, o crescimento do mercado da construção civil, houve recuo em relação ao mês anterior. O indicador utilizado na metodologia da sondagem varia de zero a 100, sendo que os valores acima de 50 indicam crescimento da atividade. A pontuação de janeiro registrou um índice de 47,2 pontos em relação a dezembro.

Isso não significa que o setor deixará de crescer este ano, segundo o gerente executivo de pesquisa, avaliação e desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca, que considera esse resultado sazonal, uma vez que o clima chuvoso de janeiro pode influenciar no crescimento da construção. "Há outros índices, como o de nível de atividade efetiva em relação ao usual, que atingiu 51,6 pontos. Podemos dizer que é condizente com o mês de janeiro, resultado das condições climáticas".

Olhando por esse lado, os empresários da construção civil se mostram otimistas quanto aos próximos seis meses. As expectativas sobre o nível de atividade atingiram 63 pontos (contra 61,9 pontos em janeiro), e 63,3 pontos sobre novos empreendimentos e serviços (foram 62,8 pontos no mês anterior), chegando a 61,5 pontos (contra 59,9 em janeiro) nas compras de insumos e matérias-primas. As previsões sobre o número de empregados chegaram a 61,3 pontos.

Para Fonseca, o setor mais afetado foi o de infraestrutura, em que o grosso de obras é externo, mais que da construção de imóveis, quando se pode continuar produzindo em período chuvoso. A expectativa dos empresários do setor é positiva, principalmente no que diz respeito à construção de edifícios e moradias.

INDICADORES

O índice da atividade da construção civil em dezembro passado havia atingido 51 pontos. As pequenas empresas registraram a maior retração, com 44,6 pontos em janeiro, seguidas pelas médias, com 47,8 pontos. O ritmo das grandes empresas ficou em 49 pontos.

Por subsetores, o maior declínio ocorreu em obras de infraestrutura, com 45,1 pontos, enquanto os serviços especializados ficaram em 46,2 pontos e a construção de edifícios situou-se em 47,3 pontos, em janeiro. O trabalho revela que o número de empregados no setor manteve-se praticamente estável em janeiro, com 49,5 pontos.

A Sondagem da Construção Civil ouviu 390 empresas, entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, das quais 190 pequenas, 148 médias e 52 grandes. Segundo a CNI, a partir da pesquisa de janeiro, as questões relativas à evolução do número de empregados e expectativa do número de empregados passam a ser feitas mensalmente.

Fonte : Estado de minas

novas regras para o financiamento de imóveis populares

Saem novas regras para o financiamento de imóveis populares





A Caixa Econômica Federal não financiava mais a compra de imóveis em ruas sem pavimentação, mas resolveu fazer uma nova regra. A partir de hoje, quem estiver interessado nessas casas pode voltar a pedir o empréstimo
Fonte: bom dia brasil

Proposta deduz do IR despesas com a compra de imóvel





Brasília, DF - A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 61/11, do deputado Otavio Leite (Psdb/RJ), que permite a dedução, na declaração anual do Imposto de Renda (IR), de despesas com pagamentos para compra de imóvel. A proposta restringe o direito a um único imóvel, destinado exclusivamente à moradia do contribuinte. Serão beneficiados também os financiamentos de imóveis e moradias adquiridas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

Conforme o PL, a dedução será limitada ao valor da base de cálculo do imposto, apurada na declaração. A base de cálculo do Imposto de Renda é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para chegar à quantia a pagar. Segundo o autor do projeto, o objetivo da isenção é facilitar a aquisição de casa própria e estimular o setor de construção civil no Brasil. Otavio Leite afirma que a política habitacional precisa de um plano de incentivo que acompanhe o crescimento da população. Ele lembra que “segundo a Constituição, a moradia é um direito fundamental do cidadão brasileiro”.

O autor entende que o projeto é também relevante para a retomada do crescimento econômico, com a geração de emprego e renda. Aprovado o projeto, a renúncia fiscal para a implementação da medida será estimada pelo governo e incluída na proposta orçamentária a enviar ao Congresso.

Restrições - Pelo projeto, o comprador que, dentro do prazo de cinco anos a contar da data de aquisição, deixar de utilizar o imóvel como sua residência ou de seus dependentes; ou vender o imóvel no decorrer desse período, perderá o direito à dedução, pagará multa de 30% e também os demais encargos legais sobre os valores efetivamente deduzidos.

Proposta semelhante já havia sido apresentada por Otavio Leite (PL 2124/07). O texto chegou a ser aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, mas foi rejeitado pela Comissão de Finanças e Tributação e, por isso, arquivado.

A nova proposta tramita em caráter conclusivo, pelo qual o projeto não precisa ser votado no Plenário, e sim apenas pelas comissões designadas para analisá-lo

Fonte:R7

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Investindo em Imóveis

Por InfoMoney, InfoMoney



Apesar de muitas pessoas considerarem o investimento em imóveis como conservador, na verdade existe um risco considerável associado a este tipo de aplicação, pois trata-se de um investimento de grande porte com baixa liquidez. Rentabilidade Riscos Liquidez Custos Fundos imobiliários Residencial ou comercial?

Assim como nos demais investimentos, é preciso analisar com cuidado o retorno e o risco associado no investimento em imóveis. Quanto ao retorno das aplicações, elas são determinadas com base no valor do aluguel que pode receber pelo imóvel e no potencial de valorização da propriedade. Dependendo das características do imóvel, os ganhos com aluguel ficam entre 0,80% e 1,20% ao mês, antes do desconto de impostos. Os impostos são recolhidos com base no carnê-leão, cujas alíquotas são de 15% e 27,5%, dependendo do valor do aluguel. Além disso, é preciso pagar uma taxa para a corretora que alugou o imóvel, de cerca 10% do valor do aluguel. Já o potencial de valorização da propriedade na hora da venda é imprevisível e depende das condições do mercado e do imóvel em questão. Veja abaixo dicas de como valorizar seu imóvel.

O risco de se investir em imóveis não é tão baixo como imagina a maior parte das pessoas, pois além de se tratar de um bem de valor considerável, existe o risco de inadimplência no caso do aluguel, isto sem falar no risco de não conseguir alugar o imóvel por algum tempo e ter que arcar sozinho com todas as despesas de manutenção. Outro fator a ser considerado é o custo de manutenção, principalmente no caso de imóveis mais antigos, que por sua vez acaba refletindo no valor do próprio imóvel, que tende a ser mais baixo. Os altos custos de manutenção dos imóveis mais antigos implicam na chamada depreciação do valor do imóvel, isto é, na redução do preço de venda.

O maior problema das aplicações em imóveis é exatamente sua baixa liquidez. Ao contrário da aplicação em fundos, que você pode sacar a cada 30 dias, no investimento em imóvel você precisa encontrar um comprador, o que pode levar algum tempo.

Exatamente por isto, a aplicação em imóveis é destinada para quem pretende aplicar no médio e longo prazos, assim, nunca aplique em imóveis o dinheiro que vai precisar para pagar contas, pois você pode acabar tendo problemas sérios para gerir seu orçamento. Se o dinheiro que você pretende investir na compra do imóvel representar mais do que 30% das suas economias, então você deve ter certeza que é um excelente negócio, pois não vale a pena colocar muitos ovos na mesma cesta!

Outro aspecto importante deste tipo de aplicação são os custos, que podem acabar pensando no seu bolso, principalmente aqueles que se referem à manutenção dos imóveis. Some tudo na ponta do lápis, não se esqueça de nada, desde o condomínio, até os gastos com a faxineira para manter o imóvel limpo quando ainda não estiver alugado. Não se esqueça dos impostos e taxas, e na hora de alugar é importante fazer um contrato detalhando a responsabilidade pelos custos de manutenção do imóvel, só assim você evita disputas e dores de cabeça.

Não se esqueça também dos custos associados com a compra e/ou venda de um imóvel, como, por exemplo, corretagem, escritura, registro em cartório e imposto de transmissão. Os altos custos associados ao investimento em imóveis são a principal razão pela qual eles são considerados investimentos de longo prazo.

Para quem gosta de investir em imóveis, mas não dispõe de tempo ou de recursos necessários para ingressar no mercado tradicional, os fundos imobiliários certamente podem ser uma boa opção de investimento. Até então restritos aos grandes investidores, os fundos imobiliários estão cada vez mais se popularizando com o aumento da participação dos pequenos investidores.

Aplicar em fundos imobiliário é relativamente simples. Basta comprar cotas do fundo, da mesma forma que é feita com os fundos de investimento. Nessa categoria, a maior parte dos investidores tem um perfil mais conservador e aplica o dinheiro no longo prazo. Relativamente recentes, os fundos foram criados há cerca de nove anos e são regulamentados pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários).

A legislação estabelece que pelo menos 75% dos recursos destes fundos, também conhecidos como patrimônio, devem estar aplicados em bens e direitos imobiliários, o que inclui desde empreendimentos em construção até imóveis já concluídos. O excedente, que não é usado na incorporação dos imóveis, deve ser aplicado em ativos de renda fixa, o que aumenta a liquidez do investimento sem alterar o risco embutido neste tipo de aplicação.

A rentabilidade do investimento se origina na venda das cotas que constituem o fundo ou no recebimento dos direitos sobre os imóveis, como aluguéis e concessões, abrindo possibilidades de ganho em diversas áreas deste setor. Existem basicamente dois tipos de fundos: aqueles que envolvem imóveis ainda em construção, que são conhecidos como fundos de empreendimentos e mais arriscados, e os fundos de arrendamento, é menos arriscada, pois como os imóveis já estão concluídos onde o investidor nada mais faz do que receber um aluguel pela locação do imóvel. A rentabilidade varia entre 1% e 1,5% ao mês, para prazos de rendimento que variam entre dois e três anos. Apesar de muitos fundos ainda possuírem aplicações mínimas relativamente altas, já é possível encontrar fundos cuja aplicação mínima pode ser de R$ 5 mil.

Não há como negar que uma das grandes dores de cabeça das aplicações em imóveis é a administração das propriedades. Quem gosta de ter que lidar com inquilino que atrasa, problemas de manutenção do imóvel ou documentação? Este é exatamente um dos grandes apelos dos fundos imobiliários, onde a administração do imóvel agregado ao fundo não é de responsabilidade do investidor, mas feita por profissionais do setor.

Desta forma, todas as operações relacionadas aos termos de compra, venda e arrendamento, assim como os gastos com manutenção, impostos e documentação do imóvel são de obrigação da instituição que está à frente do fundo. Com isso, você não precisa se preocupar com a administração do estabelecimento, próprias do mercado tradicional de imóveis.

Para quem gosta de aplicar diretamente em imóveis, ao invés de optar pelos fundos, na hora de escolher o tipo de imóvel para investir dê preferência para os imóveis comerciais e residenciais. Já os investimentos em terrenos, fazendas, sítios e casa de praia devem ser vistos com mais cautela, pois tendem a demorar mais para valorizar e porque a liquidez do mercado é menor ainda, isto é, mais gente quer casa para morar do que terreno ou sítio.

Com relação aos imóveis comerciais, prefira os que são usados para escritórios e lojas. Para quem preferir escritórios, é preciso ficar atento às instalações, hoje em dia, os avanços da tecnologia são tantos que não investir em imóvel inteligente, isto é, que tem instalações que permitam acesso à internet banda larga, etc. pode não valer a pena. A opção deve ser pelos imóveis de menor tamanho, pois assim você consegue diversificar melhor o risco, e porque é mais fácil alugar. Ao invés de ter um escritório de 500 m2, prefira cinco de 100m2, o risco de todos ficarem sem alugar ao mesmo tempo é bem menor do que no imóvel grande. Já nas lojas, prefira os imóveis que estão dentro de shopping centers, onde o retorno e liquidez do investimento são maior.

Já no caso dos imóveis residenciais, os chamados flats, pequenos apartamentos com serviços, são a melhor opção. Nestes casos prefira os imóveis que fazem parte de um "pool de locação", pois você recebe a média de ocupação do empreendimento, com menores custos de gestão. O mercado brasileiro ainda não é bastante desenvolvido como investimento, pois a legislação do inquilino ainda é bastante favorável ao inquilino, o que, em alguns casos, dificulta a retomada do imóvel. Pense que uma briga na Justiça para receber aluguéis atrasados pode acabar corroendo ainda mais os ganhos da sua aplicação.

Aluguel na cidade de São Paulo pode mais que dobrar, dependendo da região

Por: Equipe InfoMoney
23/02/11 - 13h05
InfoMoney



SÃO PAULO - Levantamento divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nesta quarta-feira (23) revela que, dependendo da região escolhida, o valor do aluguel na cidade de São Paulo mais do que dobra, podendo ficar até 176,92% mais caro.

Este é o caso, por exemplo, dos imóveis de três dormitórios. Para este tipo de moradia, a região Leste* (zona B) da capital paulista possui os menores valores de aluguel de imóveis em bom estado, de R$ 9,79 o metro quadrado. Na região Sul (zona A), por outro lado, foram encontrados os maiores valores de locação para estes imóveis, de R$ 27,11 o metro quadrado.

Diferenças
Para se ter uma ideia, em janeiro, quem quisesse alugar uma unidade de três dormitórios, com 90 metros quadrados, por exemplo, iria desembolsar cerca de R$ 881,10 na região Leste (zona B) e R$ 2.439,90 na região Sul (zona A).

No caso dos imóveis de dois dormitórios (com 70 m2), a diferença nos preços atinge 156,09%. O menor valor verificado em janeiro foi encontrado novamente na região Leste (zona B), onde o valor do aluguel chegou a R$ 741,30. Já o maior valor, de R$ 1.898,40, também foi verificado na região Sul (zona A).

No caso de um imóvel com um dormitório (com 55 m2), também em bom estado e considerando os preços máximos, pode-se verificar uma diferença de 157,04% no valor do aluguel, sendo o menor de R$ 620,95 (zona Leste B) e o maior, de R$ 1.596,10 (zona Sul A).

Valor por região
Na tabela a seguir, é possível verificar o preço máximo do aluguel de imóveis em bom estado de um, dois, três e quatro dormitórios na cidade de São Paulo. Os preços estão divididos por zonas e consideram tamanhos específicos de propriedades:

Preço do aluguel residencial na cidade de São Paulo
Janeiro 2011
Região Um Dormitório
(55 m²)
Dois Dormitórios
(70 m²) Três Dormitórios
(90 m²) Quatro Dormitórios
(130 m²)
Centro R$ 1.156,65 R$ 1.396,50 R$ 1.588,50 -
Leste - Zona A R$ 842,05 R$ 1.005,20 R$ 1.215 R$ 2.025,40
Leste - Zona B R$ 620,95 R$ 741,30 R$ 881,10 -
Norte R$ 794,20 R$ 1.110,20 R$ 1.350 -
Oeste - Zona A R$ 1.426,15 R$ 1.610 R$ 2.026,80 -
Oeste - Zona B R$ 936,65 R$ 1.084,30 R$ 1.278,90 -
Sul - Zona A R$ 1.596,10 R$ 1.898,40 R$ 2.439,90 R$ 4.656,60
Sul - Zona B R$ 991,10 R$ 1.108,10 R$ 1.336,50 -
Fonte: Secovi-SP

*Centro: Barra Funda, Bom Retiro, Cambuci, Centro, Liberdade, Pari, Santa Cecília
Zona Leste A: Alto da Mooca, Belém, Mooca, Tatuapé
Zona Leste B: Artur Alvim, Brás, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Aricanduva, Penha, São Mateus, São Miguel Paulista, Sapopemba, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Matilde, Vila Prudente
Zona Norte: Brasilândia, Casa Verde, Freguesia do Ó, Limão, Mandaqui, Pq Edu Chaves, Santana, Tremembé, Tucuruvi, Vila Guilherme, Vila Mazzei, Vila Nova Cachoeirinha
Zona Oeste A: Alto da Lapa, Alto de Pinheiros, Lapa, Perdizes, Pinheiros, Pompéia, Sumaré, Vila Leopoldina, Vila Madalena
Zona Oeste B: Butantã, Jaguaré, Perus, Pirituba
Zona Sul A: Aclimação, Bosque da Saúde, Chácara Santo Antônio, Higienópolis, Itaim, Jardim da Saúde, Jardins, Moema, Morumbi, Paraíso, Real Parque, Saúde, Vila Mariana, Vila Olímpia
Zona Sul B: Campo Limpo, Cidade Ademar, Interlagos, Ipiranga, Moinho Velho, Pedreira, Sacomã, São João Clímaco, Vila das Mercês, Vila Gumercindo

8 Passos para compra de imóvel

Quer comprar um imóvel sem ter prejuízo? Elabore uma lista de obrigações!

Por: Equipe InfoMoney
InfoMoney



SÃO PAULO - A compra da casa própria é um sonho para muitas pessoas. Por isso mesmo, deve ser feita com muita cautela e responsabilidade, para que nada dê errado. Isso porque ninguém quer perder o dinheiro que lutou tanto para conseguir.

Conforme divulgou o Jornal dos Imóveis, o ideal para quem está pensando em adquirir uma casa ou apartamento é elaborar uma lista de obrigações a serem cumpridas antes de fechar o negócio.

Passo-a-passo

1. Procure uma imobiliária: para economizar tempo, evitar problemas desnecessários e realizar um negócio seguro, esta é a melhor opção.

Antes de escolher a empresa, considere a estrutura, disponibilidade do corretor e solicite as referências de vendas anteriores. Leve em conta ainda os serviços oferecidos, área geográfica de atuação, quantidade de imóveis constantes na carteira, atendimento fora do horário comercial, prestação de apoio a financiamentos e elaboração de contrato profissional com revisão de advogado.


2. Defina suas necessidades com clareza: converse com cada membro da família para decidir o que é importante no imóvel: quintal, piscina, dependência de empregada etc. Dependendo da verba disponível, é provável que seja necessário acrescentar ou retirar itens.


3. Faça uma reunião com o corretor: isso serve para planejar a aquisição e para que você apresente suas necessidades (número de dormitórios, localização etc), estilo de vida e potencial de compra (quantia em dinheiro, necessidade de financiamento, disponibilidade do FGTS, automóvel ou outro imóvel que possa ser dado como parte do pagamento).


4. Visite um número razoável de imóveis: só faça negócio após visitar um número razoável de casas e apartamentos, entre 5 e 8, com todas as pessoas que têm poder de decisão na família.

Além disso, visite o imóvel escolhido mais de uma vez, de dia e à noite, se possível. Ainda pergunte aos vizinhos sobre segurança, odores, desapropriações, vazamentos, desabamentos e inundações.

Considere também valorizações futuras, valor de revenda, posição do imóvel em relação ao sol e como você se sentiu nele.


5. Faça uma inspeção minuciosa: antes de assinar o contrato, fique atento às rachaduras, ao quadro de força e às condições do telhado. Além disso, procure descobrir se há vazamentos, diminuição de vazão de água entre pontos, existência de cupins, paredes úmidas, ocas ou descoladas.


6. Negocie antes de firmar acordo: faça propostas inteligentes, com a ajuda de seu corretor. Lembre-se de não fechar negócio pelo primeiro valor ofertado, especialmente se o pagamento for feito à vista.

Se o proprietário residir no imóvel que você está visitando, procure não conversar com ele, especialmente sobre preços e condições comerciais. Isso porque muitas negociações são bloqueadas por interferências, mesmo inocentes, de interessados e do proprietário.


7. Revise o contrato: é recomendável que toda compra de imóvel seja acompanhada de um instrumento particular de contrato elaborado pela imobiliária, mesmo que a escritura seja lavrada imediatamente após a negociação.

Para quem não sabe, o contrato protege ambas as partes e estabelece condições, por exemplo, sobre a posse no imóvel e dívidas de impostos que não são cobertas na escritura.


8. Verifique os documentos: faça com que o vendedor apresente certidões negativas dos cartórios de protestos, dos distribuidores cíveis, da Justiça Federal, da Receita Federal e de tributos municipais.

Além disso, é importante verificar a matrícula atualizada do imóvel, expedida pelo Oficial do Cartório de Registro de Imóveis, e uma declaração que confirme que as taxas de condomínio estão em dia, no caso dos apartamentos.

Mercado imobiliário tem pressão inflacionária de custos

Mercado imobiliário tem pressão inflacionária de custos

Por: Flávia Furlan Nunes
23/02/11 - 14h32
InfoMoney



SÃO PAULO – O mercado imobiliário brasileiro vive uma pressão inflacionária de custos, que se reflete nos preços dos imóveis, afirmou o professor de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Jr.

“Nós estamos em uma situação complexa de preços. A incapacidade de ter uma visão mais clara da inflação de custos fez os preços subirem”, afirmou ele, que disse ainda que os preços no mercado imobiliário estão inadequados e não condizem com os custos.

Outro motivo para este aumento de preços é a pressão exercida pelos recursos estrangeiros que entram no mercado imobiliário brasileiro. “Tem muita disputa e os preços vão para cima”, disse Lima Jr.

Mercado residencial
De acordo com ele, no mercado residencial, os preços estão para cima, não por conta de um descompasso entre demanda e oferta nem por especulação, mas porque os custos estão para cima.

Entre as evidência para isso, está o fato de os empreendedores atenderem à demanda orgânica e não focarem em investidores. “Percebo empresas vendendo para o consumidor final”, destacou o professor.

Ele disse ainda que, em alguns casos, as margens dos empreendedores está alta, mas que isso não acontece na maior parte das vezes, já que o Brasil é um mercado de grandes empresas, em que não há espaço para a “aventura de testar preços”.

Retração no residencial
Uma possível retração do mercado imobiliário residencial brasileiro pode acontecer com a falta de recursos para o crédito habitacional. Com isso, a demanda cairia e, em consequência, os preços. Uma das alternativas seria, na opinião de Lima Jr., a securitização.

“Se houver aumento da demanda na mesma proporção dos últimos anos, vai faltar recursos. A securitização é uma alternativa. Entrar ou não nisso não é uma questão técnica, o Brasil sabe fazer, é problema de demanda pela securitização. Os fundos de pensão no Brasil hoje são pequenos. Se o Brasil continuar se posicionando bem, conseguirá, mas recurso de longo prazo está fraco no País”, disse o professor.

Tendência: classe C caminha para fora de São Paulo



São Paulo, SP - A paulistana QuorumBrasil, dedicada a pesquisa de mercado e consultoria, conversou com 600 pessoas das faixas etárias entre 25 a 55 anos, moradores na cidade de São Paulo, pertencentes a classe econômica C, para identificar suas demandas e dificuldades na compra de imóvel. Concluiu que regiões próximas à capital de São Paulo devem preparar-se para ampliar a oferta de infraestrutura, porque “a classe C está chegando”.

Analisando as respostas às perguntas: Qual o tipo de imóvel preferido? Qual o preço que procura? O que considera na escolha? Quais as dificuldades? Como pretende financiar? – a QuorumBrasil concluiu que os moradores na cidade de São Paulo, com perfil econômico “C”, irão cada vez mais longe para conseguir comprar seu imóvel.

As regiões periféricas e cidades próximas, afirma a QuorumBrasil, receberão um grande contingente de novos moradores, em função, especialmente, da faixa de preço pretendida para a compra do imóvel. Para a maioria dos entrevistados, a comunicação do Governo Federal a respeito do Minha Casa Minha Vida “é muito acanhada, quer seja porque não é bem feita, quer seja porque não querem mesmo divulgar demais, por conta do limite de dinheiro que pretendem aplicar no projeto”.

"Este cenário - comenta a QuorumBrasil - indica que infraestrutura de transporte, asfalto, escolas, água e esgoto, por exemplo, serão ofertas imprescindíveis para atrair novos moradores que, em contrapartida, aumentarão a contribuição aos cofres municipais e incrementarão o consumo local".

A consultoria finaliza os comentários acerca dos resultados da pesquisa afirmando: “A demanda reprimida por imóvel é enorme, e isto vai gerar a manutenção dos patamares de crescimento da construção civil ao dobro do Produto Interno Bruto (PIB), e obrigar as regiões e cidades escolhidas a ampliar e melhorar os serviços oferecidos aos cidadãos”.

Fonte R7

Proposta deduz do IR despesas com a compra de imóvel




Brasília, DF - A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 61/11, do deputado Otavio Leite (Psdb/RJ), que permite a dedução, na declaração anual do Imposto de Renda (IR), de despesas com pagamentos para compra de imóvel. A proposta restringe o direito a um único imóvel, destinado exclusivamente à moradia do contribuinte. Serão beneficiados também os financiamentos de imóveis e moradias adquiridas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

Conforme o PL, a dedução será limitada ao valor da base de cálculo do imposto, apurada na declaração. A base de cálculo do Imposto de Renda é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para chegar à quantia a pagar. Segundo o autor do projeto, o objetivo da isenção é facilitar a aquisição de casa própria e estimular o setor de construção civil no Brasil. Otavio Leite afirma que a política habitacional precisa de um plano de incentivo que acompanhe o crescimento da população. Ele lembra que “segundo a Constituição, a moradia é um direito fundamental do cidadão brasileiro”.

O autor entende que o projeto é também relevante para a retomada do crescimento econômico, com a geração de emprego e renda. Aprovado o projeto, a renúncia fiscal para a implementação da medida será estimada pelo governo e incluída na proposta orçamentária a enviar ao Congresso.

Restrições - Pelo projeto, o comprador que, dentro do prazo de cinco anos a contar da data de aquisição, deixar de utilizar o imóvel como sua residência ou de seus dependentes; ou vender o imóvel no decorrer desse período, perderá o direito à dedução, pagará multa de 30% e também os demais encargos legais sobre os valores efetivamente deduzidos.

Proposta semelhante já havia sido apresentada por Otavio Leite (PL 2124/07). O texto chegou a ser aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, mas foi rejeitado pela Comissão de Finanças e Tributação e, por isso, arquivado.

A nova proposta tramita em caráter conclusivo, pelo qual o projeto não precisa ser votado no Plenário, e sim apenas pelas comissões designadas para analisá-lo.

Fonte R7

Construção civil pleiteia investimento desonerado



São Paulo - Segundo o presidente do Sindicato da Construção em São Paulo (Sinduscon/SP), Sergio Watanabe, para dar conta da crescente demanda por obras o setor não tem alternativa senão investir em novas tecnologias e processos construtivos.

Porém, para investir, a construção civil pretende uma contrapartida. “É necessário a desoneração dos investimentos, não só para a construção, como para toda a cadeia produtiva do setor", pleiteia o presidente do SindusCon/SP.

A escassez de mão de obra, aliada à necessidade de qualificação, conforme Watanabe vem apregoando, “ilustram o quanto é indispensável que o setor invista”.

"(A situação) impõe a superação inadiável de um desafio. Com a possibilidade de novas contratações de pessoal se esgotando, e diante da premência de atender à forte demanda, a construção necessita agir urgentemente para aumentar sua produtividade, ou seja, investir em tecnologia e em novos processos produtivos”, afirma Watanabe, ao deixar claro que a desoneração é instrumento para alavancar os investimentos na produção.

Para ilustrar a premência em buscar e adotar novos processos produtivos, Watanabe lança mão de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge). Tais dados mostram que, em dezembro (2010) e nas Regiões Metropolitanas, a taxa do desemprego na construção civil apresentava o seguinte quadro: Salvador, 4,1%; Belo Horizonte, 2,9%; Rio de Janeiro, 2,2%; São Paulo, 1,9%; Recife, 1,8%; Porto Alegre, 1,3%.

"Enquanto, em dezembro, a taxa de desocupação média nas seis principais Regiões Metropolitanas do Brasil estava em 5,3%, na construção ela já se situava em apenas 2,3%. Praticamente, o setor já vive uma situação de pleno emprego”, finaliza o presidente do Sinduscon/SP.

Fonte : R7

golpe do aluguel de falsas casas no Carnaval

Especialista dá dicas para não cair no


golpe do aluguel de falsas casas no Carnaval

Alternativa é procurar saber informações sobre a conta bancária do locador

Polícia prende ciganos suspeito de fraudes

O especialista e advogado Carlos Samuel dá dicas para evitar cair no golpe do aluguem da falsa casa no Carnaval. Segundo ele, é importante que o interessado na casa procure saber informações sobre a conta em que será depositado o dinheiro do aluguel.

Uma família caiu no golpe, depositou R$ 1000 na conta do locador e perdeu o dinheiro. O anúncio apareceu na internet e, apesar de acharem barato, resolveram arriscar. Após o depósito, a família percebeu que os suspeitos aplicavam o mesmo golpe em outras casas. O prejuízo não foi recuperado.

Para Samuel, é importante procurar o gerente da conta em que será depositado o valor do aluguel, para também se outros já alugaram o imóvel


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Condomínio: morador pode levar à Justiça problemas com barulho

Por: Equipe InfoMoney
11/01/11 - 13h35
InfoMoney



SÃO PAULO - Quem mora em condomínio e se sente prejudicado pelos barulhos causados pelos vizinhos pode acionar a Justiça para reaver os direitos. No entanto, segundo o diretor de condomínios e jurídico da Primar Administradora de Bens, Carlos Samuel de Oliveira Freitas, essa atitude deve ser tomada em último caso.

De acordo com Freitas, ao se sentir incomodado, o morador deve tentar primeiro uma conversa amigável com quem está provocando o barulho. Caso não dê resultado, o segundo passo é recorrer ao síndico, que deve exigir que as normas do condomínio sejam cumpridas.

"O síndico ainda pode apresentar soluções, advertir o morador barulhento e até multá-lo por infringir as normas", afirmou o coordenador.

Evitando conflitos
Ainda segundo Freitas, algumas medidas podem ser tomadas para evitar conflitos entre os vizinhos e assegurar o silêncio no condomínio.

"Colocar feltro nos pés dos móveis para não fazer barulho quando forem arrastados, procurar usar eletrodomésticos como aspirador e micro-ondas em horários adequados, não secar o cabelo com secador depois das 22 horas e colocar sapatos que façam muito ruído somente na porta, na hora de sair, são algumas dicas valiosas para não incomodar quem mora nos apartamentos próximos", aconselhou Freitas.

Para aqueles que moram próximos ao salão de festas, o coordenador de condomínios recomenda que o espaço seja revestido com espuma ou qualquer outro material que absorva o som ou que as janelas e portas sejam trocadas pelas antirruído.

Como comprar o imóvel

Especial Imóveis - Como comprar o imóvel - Índice

o comprar o imóvel


Quando financiar não é possível
Financiamentos
Pagar aluguel pode não ser mau negócio
Como juntar dinheiro para a compra da sua casa


Quando financiar não é possível: consórcio, cooperativas e capitalização
Voltar
As constantes mudanças na política de crédito da Caixa Econômica Federal e as grandes dificuldades impostas por outras instituições financeiras ao analisar um pedido de financiamento têm levado milhares de brasileiros ao desespero. O sonho da casa própria fica cada vez mais longe. Muitos pensam que a saída é pagar aluguel pelo resto da vida.

Se você faz parte das pessoas que tiveram seus pedidos de financiamento negados, não é preciso desanimar. Existem outras modalidades de financiamento de imóveis que podem se encaixar melhor no seu orçamento. Abaixo discutimos algumas destas alternativas, como o consórcio de imóveis, os títulos de capitalização imobiliária e, por último, as cooperativas habitacionais.

Consórcio de imóveis
Para quem desconhece o sistema, ele funciona da mesma forma que o consórcio de automóveis: as pessoas que pretendem comprar um imóvel, mas não possuem dinheiro suficiente, se juntam de forma a comprar um apartamento por vez para uma delas. Cada mês que passa, um imóvel é comprado e um integrante do grupo é sorteado e beneficiado com o seu imóvel.

A grande desvantagem do consórcio reside no fato de que, ao contrário do financiamento, onde você tem a posse do bem imediatamente, você precisa esperar até ser sorteado. Portanto, o consórcio pode não ser recomendado para quem não pode esperar muito tempo para comprar a casa própria. Em contrapartida, você não paga juros, mas apenas uma taxa de administração, que varia entre 12% e 15% sobre o valor do imóvel, para a empresa que administra o grupo de consórcio.

Dependendo da administradora, também é cobrada uma taxa de fundo de reserva, que é destinada a formar uma proteção para evitar perdas aos consorciados em caso de desistências ou inadimplência de qualquer participante do consórcio. Por último, também é possível cobrar uma taxa de adesão, que nada mais é do que uma antecipação da taxa de administração e por isso mesmo deve ser deduzida das taxas de administração cobradas mensalmente.

Títulos de capitalização imobiliária
Os novos títulos funcionam como uma poupança programada em que o investidor faz depósitos mensais com o objetivo de comprar um imóvel. Contudo, ao contrário do que acontece com uma poupança programada normal, nos novos títulos também existe a possibilidade de sorteio mensal. Desta forma, todos os meses você deposita uma certa quantia que é corrigida pela poupança ou pela TR, ao mesmo tempo em que participa de sorteios.

Assim como nos consórcios, você tem direito a um sorteio mensal, de forma que se você for sorteado, é possível reduzir substancialmente o prazo de compra do imóvel. Nos novos títulos de capitalização o prazo máximo é de 120 meses, abaixo, portanto, do que acontece em alguns consórcios em que o prazo de duração pode chegar a 180 meses.

Assim como nos consórcios, a grande vantagem dos novos títulos frente aos financiamentos imobiliários reside na redução dos custos, já que você não paga juros. Nos novos títulos também não há cobrança de taxas, de forma que seu único custo são as prestações mensais, ajustadas somente a cada doze meses com base na variação do IGP-M.

O erro mais comum entre os interessados na casa própria é considerar que os títulos de capitalização são boas alternativas de investimento. Isso não é verdade. Você obteria ganhos muito maiores se aplicasse mensalmente o valor das prestações em um fundo de investimento. Se você não quer confiar na sorte, melhor mesmo é procurar aplicações financeiras mais rentáveis, que reduzirão seu prazo para a aquisição da casa própria.

Cooperativas habitacionais
Bastante conhecido pelas camadas baixas da população, o sistema de cooperativas habitacionais vem ganhando espaço na classe média e até mesmo em segmentos de alto poder aquisitivo no Brasil. O motivo do aumento das cooperativas nos últimos anos é a tentativa de fugir dos financiamentos e de intermediários, que costumam encarecer demasiadamente a aquisição da casa própria.

A ausência de juros e de incorporadoras é vista como uma vantagem pelos cooperados, porém é preciso analisar bem o negócio antes de partir para o empreendimento. Para formar uma cooperativa, basta juntar pelo menos 20 pessoas e dar início às obras. Deixado de lado o esquema burocrático, o modo de funcionamento das cooperativas habitacionais é relativamente simples. São os próprios membros que coordenam a obra e, portanto, são responsáveis pelo andamento e gerenciamento de toda a construção.

O sucesso de uma cooperativa está intimamente ligado à gestão do grupo, que em geral administra sozinho o empreendimento. Alguns deles chegam a contratar o serviço de um consultor para ajudar na administração financeira do negócio. Quanto maior o valor do imóvel, mais cuidado você deve ter ao assinar o contrato. E o nível socioeconômico dos participantes no Brasil só tem crescido. Algumas cooperativas possuem imóveis de até R$ 400 mil. Essa alternativa para a compra da casa própria, portanto, já deixou se ser vista como popular.

Investir seu dinheiro e comprar à vista
Também é possível aplicar mensalmente o valor das prestações do consórcio ou do título de capitalização em um fundo de investimento. Vamos assumir, por exemplo, que você não foi sorteado até o final do consórcio ou do prazo máximo do título de capitalização, isto é, teve que esperar 120 meses para receber seu imóvel.

Ao optar pelos títulos de capitalização você precisaria de 120 mensalidades de R$ 500 para poder resgatar o equivalente a R$ 66 mil. Por outro lado, se você aplicasse estes R$ 500 todos os meses a um ganho médio de 1,12%, rendimento após imposto de um fundo de renda fixa, poderia juntar o mesmo dinheiro em apenas 82 meses, quase três anos antes da data de resgate do seu título. Se aplicasse a mesma quantia por 120 meses então teria acumulado R$ 125.260, quase R$ 60 mil a mais do que obteria com o título de capitalização imobiliário.

Diante disto fica claro que uma alternativa bastante viável, mas que muitos deixam de lado em favor da pressa de realizar seu sonho é o de investir todos os meses para juntar um dinheiro suficiente para comprar sua casa à vista. O mais interessante é que a maioria das pessoas acredita que não consegue aplicar R$ 500 todos os meses, mas de alguma forma mantém o pagamento das prestações do consórcio ou do título de capitalização, correndo o risco de acabar tendo que sair do grupo e recebendo bem menos do que aplicaram no período.


Financiamentos
Voltar
Comprar o primeiro imóvel é talvez a maior conquista na vida de uma família. Além da questão simbólica, a aquisição de uma casa envolve um enorme esforço material. Não é de uma hora para outra que as pessoas conseguem o dinheiro suficiente para a compra de um imóvel. Um simples apartamento pode consumir anos de economias de uma família classe média.

Para amenizar esse problema, existem os financiamentos imobiliários que agilizam a aquisição da casa própria. Trata-se de um empréstimo feito a uma família para que ela possa comprar um imóvel à vista. E como todo empréstimo, envolve assuntos complicados, relacionados à forma que o montante emprestado será devolvido ao banco.

Prestações
Num contrato de financiamento, há cláusulas que determinam o valor das prestações. A prestação é, portanto, a questão mais importante num financiamento imobiliário. Isso porque, dependendo de como ela é constituída, os valores podem crescer ou decrescer ao longo da quitação da dívida.

É preciso entender que todo empréstimo implica no pagamento de juros, que são uma espécie de "aluguel" sobre o dinheiro recebido. Como o dinheiro não é seu e você pode comprar sua casa à vista, será preciso pagar juros ao banco que estão embutidos dentro da prestação. Entender como funciona a dinâmica de um empréstimo bancário é fundamental para escolher seu tipo de financiamento e saber como está estruturada a sua dívida.

A prestação é dividida em amortização e juros. Amortização é o que está sendo devolvido ao banco pelo dinheiro emprestado. E os juros são aquele valor referente ao "aluguel" desse dinheiro. Lembre-se que você paga juros sobre o que ainda falta devolver ao banco, ou seja, sobre o saldo devedor.

Basicamente existem três tipos de financiamento no país. O SAC (Sistema de Amortização Constante), SACRE (Sistema de Amortização Crescente) e o Sistema Price. Entendendo brevemente como funcionam as três formas de financiamento, você terá as bases para escolher qual é a melhor opção para as condições financeiras de sua família.


Sistema Price
O Sistema Price é, talvez, o mais popular em todo o mundo. Na Tabela Price, as prestações são fixas, os juros decrescentes e as amortizações crescentes. Imagine um financiamento em 10 parcelas. No primeiro mês, o devedor irá pagar um pequeno valor referente à amortização. A maior parte da prestação está relacionada ao pagamento dos juros.

No segundo mês, a quantia referente aos juros é menor, uma vez que o saldo devedor diminuiu no pagamento da primeira parcela. Não se esqueça que o montante dos juros está ligado ao saldo devedor da dívida. Por outro lado, como as parcelas são fixas, é preciso aumentar o valor da amortização para compensar a diferença.

No terceiro mês, os juros são ainda menores (o saldo devedor é cada vez menor também) e a quantia relacionada à amortização aumenta. No 10.o e último mês, o valor dos juros é bem pequeno, e por sua vez a quantia relacionada à amortização corresponde à maior parte da última prestação.

Num país com histórico de altas taxas de inflação, a Tabela Price foi adaptada e foram adotados indexadores para reajustar as prestações em função do aumento dos preços. Em outras palavras, as prestações não são mais fixas e sim variam de acordo com a inflação. A TR, taxa referencial é uma das mais utilizadas. Trata-se de um indicador pós-fixado, divulgado após o fechamento do contrato de financiamento.

A TR serve para reajustar as prestações e o saldo devedor. Se o devedor não tiver seu salário reajustado na mesma proporção de sua dívida, é provável que ele enfrente grandes dificuldades no futuro para quitar suas obrigações. A prestação da Tabela Price irá consumir uma parcela cada vez maior da sua renda se ele não tiver aumentos salariais no período. Essa é, portanto, a maior desvantagem do Sistema Price.


SAC
O Sistema SAC, Sistema de Amortizações Constantes, como o próprio nome já diz, as amortizações são constantes. O que varia são os juros, e, naturalmente, as prestações, que vão diminuindo ao longo do financiamento.


SACRE
O Sistema de Amortização Crescente é uma mistura do Sistema Price e do SAC. As prestações sobem durante um determinado intervalo de tempo, até chegar a um ponto, a partir do qual vão diminuindo. Nesse tipo de sistema há também reajuste pela TR, que na maior parte dos contratos substitui a correção monetária.

O Sistema SACRE implica numa prestação inicial muito alta. Por outro lado, esse valor vai diminuindo, facilitando a vida financeira do devedor no longo prazo. As amortizações vão subindo, ao passo que os juros caem ao longo dos anos, uma vez que o saldo devedor diminui sempre. A vantagem das prestações decrescentes é que o risco de inadimplência, comparado ao Sistema Price, é infinitamente menor.



Pagar aluguel pode não ser um mau negócio
Voltar
Pagar aluguel sempre foi visto como "dinheiro jogado fora", e a casa própria ainda é o sonho da vida da maioria das pessoas. E como a quantia para adquirir o primeiro imóvel é muito elevada, quase todas as famílias são obrigadas a buscar um financiamento bancário. Isso é tão normal no Brasil quando no resto do mundo. Afinal, não é de uma hora para outra que conseguimos juntar o dinheiro para comprar nossa casa à vista.

Comprar um imóvel, mesmo que financiado, proporciona um forte sentimento de conquista. Mesmo pagando juros ao banco, as pessoas sentem-se livres, uma vez que já não precisam mais pagar aluguel. E no final das contas o dinheiro gasto está sendo empregado na aquisição do imóvel. Sob esse ponto de vista, o financiamento torna-se uma coisa positiva.

Mas colocando tudo na ponta do lápis, pagar aluguel ainda pode ser mais vantajoso. Claro que não por muito tempo. Todo mundo precisa ter a aquisição de um imóvel entre seus objetivos materiais. Porém, antes de assinar contrato de um financiamento bancário, respire fundo e reflita sobre algumas questões.

Imóvel para o longo prazo
A maioria dos financiamentos oferece longos prazos para quitação da dívida. O horizonte varia de 10 a 20 anos. Sua situação familiar pode mudar bastante nesse período. Um casamento pode ocorrer, aparecem os filhos, os filhos crescem e aquele espaço ideal para sua época de solteiro acaba ficando apertado. Imagine que você contraiu um empréstimo há 5 anos e ainda faltam mais 15 para quitar as prestações. O que fazer?

Se você ainda é jovem e não sabe bem quais os rumos que tomarão sua vida nos próximos anos, a melhor opção é esperar. Não vale a pena mergulhar num financiamento ainda tão cedo. Procure um apartamento pequeno e pague aluguel. Lembre-se de que num financiamento você precisa pagar juros e quanto maior o valor financiado, maior será a quantia relacionada aos juros paga ao banco.

O melhor seria reservar todo mês uma parte do seu salário para poupar. Quando se trata da aquisição da casa própria, essa tarefa fica mais fácil. Em geral, para comprar um imóvel, que representa um sonho na vida das pessoas, há muita força de vontade e o volume poupado cresce rapidamente todos os meses. Deixe para financiar quando você tiver o bastante para dar uma entrada razoável e quando já tiver uma situação familiar mais definida. Prefira, portanto, financiar um apartamento um pouco maior.

Alugar pode sair mais barato
Mesmo considerando que sua família já está estabilizada, o financiamento pode sair bem mais caro em comparação ao aluguel. Façamos uma conta simples. Imagine que você deseja comprar um apartamento de R$ 100 mil. E para entrar num financiamento seja preciso uma entrada de 30%, que no caso você já acumulou, e o prazo para a quitação da dívida é de 240 meses, ou 20 anos. Se a taxa de juros cobrada pelo banco for de 1% ao mês, o valor das prestações será equivalente a R$ 770,76 ao mês.

Para alugar o mesmo apartamento, será preciso desembolsar um valor de R$ 600 aproximadamente (0,6% de R$ 100 mil). Supondo que você tenho decido continuar no aluguel e fazer uma poupança para comprar sua casa à vista, com a diferença entre o valor do financiamento e do aluguel da mesma propriedade, R$ 170,76 (R$ 770,76 - R$ 600,00), serão necessários 164 meses para acumular aqueles R$ 70 mil para comprar o imóvel à vista. Isso considerando uma aplicação que rende 1% ao mês. Ou seja, dessa forma, você compra sua casa aproximadamente seis anos antes em relação ao financiamento.

Mudando um pouco o foco dessa conta, aplicando os mesmos R$ 170,76 todos os meses durante os 20 anos que seriam necessários para quitar a dívida do financiamento, você teria no final o equivalente a R$ 168.925,24. O que estamos querendo dizer é que com essa estratégia de pagar aluguel e aplicar a diferença de valor no mercado financeiro, é possível adquirir um imóvel ainda melhor no final do período.

Essa mágica só é conseguida porque você fez com que os juros trabalhassem a seu favor e não em favor de uma instituição financeira. Ao optar pelo aluguel, você disse não ao financiamento e dessa forma não pagou juros ao banco, que nada mais é que um outro aluguel sobre o dinheiro que você teria recebido para comprar sua casa à vista. E como esse aluguel ao banco é bem mais caro, você acaba ganhando ao aplicar seu dinheiro.


Como juntar dinheiro para comprar sua casa
Voltar
O maior desafio na vida de uma pessoa é a compra do primeiro imóvel. São anos de sacrifício, cortes de gastos e investimentos. Muita gente pensa que a única forma de poupar é entrando num financiamento. Quando o contrato com o banco é assinado, as pessoas se comprometem a pagar a dívida e fazer tudo que for possível para quitá-la. Afinal, os juros são elevados e não se pode brincar com essas coisas.

Na verdade, se ao invés de contrair uma dívida, as pessoas investissem esse dinheiro no mercado financeiro, os retornos seriam muito maiores. É preciso lembrar que dívida não é investimento. Numa dívida você é obrigado a pagar juros e num investimento quem recebe os juros é você. Uma situação completamente diferente.

Mas como começar a economizar dinheiro para comprar a casa própria? Aqui estão algumas dicas para auxiliá-lo nesse processo. Saiba que é possível fazer uma poupança para a casa própria e ainda continuar tendo uma vida boa. Seguindo algumas regrinhas você conseguir em pouco anos realizar o sonho da sua vida, e, o melhor de tudo, sem ter que comprometer grande parte da sua renda numa dívida que pode ser evitada.

Acabe com as dívidas
Financiar a compra de roupas, eletrodomésticos, presentes tornou-se um hábito muito forte entre os brasileiros. Comprar a prazo ficou mais fácil e é preciso muita força de vontade para sair de uma loja sem parcelar as compras no cartão ou entrar no crediário. O que muitos esquecem é que financiar as compras implica no pagamento de juros. Por mês, muitas famílias gastam mais de ¼ de sua renda com o pagamento dos juros* embutidos nas compras a prazo, sem de fato ter consciência disso.

Num país onde a inflação mal chega a 10% ao ano, os consumidores pagam mais de 10% ao mês para adquirir bens que não conseguem pagar à vista. Portanto, fuja do cartão de crédito e do cheque especial, e compre apenas se tiver o suficiente para pagar à vista. Crediários também podem não valer a pena, uma vez que com o dinheiro à vista, é possível conseguir um bom desconto e economizar nos juros pagos na compra a prazo.

Se você já está endividado, tente arcar com seus compromissos e acabar com as dívidas. Compromissos financeiros não pagos significam acúmulo de juros, que num determinado momento chegam a um patamar praticamente impagável. Tente negociar as taxas, prazos e lembre-se que o credor tem interesse em que você pague sua dívida e não o contrário.

Reservas de emergência
Num mundo de incertezas, imprevistos podem acontecer a qualquer momento. É por isso que você precisa ter economias guardadas. De uma hora para outra, empresas vão a falência, perdemos o emprego ou na pior das hipóteses, graves problemas podem acontecer na família. Para situações como estas, ter uma reserva de dinheiro aplicada acaba evitando a aquisição de novas dívidas.

Com dinheiro guardado é possível ficar longe do cheque especial e do cartão de crédito, e não contrair mais dívidas. Procure ter o suficiente para cobrir os gastos mensais de sua família por pelo menos 6 meses. Se sua família gasta todo mês o equivalente a R$ 2.500, um reserva de pelo menos R$ 15.000 é o ideal para conseguir encarar imprevistos que podem acontecer a qualquer momento.

Aplique bem seu dinheiro
Pagar aluguel pode não ser o pior negócio do mundo como muitos insistem em afirmar. Lembre-se de que os juros no Brasil ainda estão num patamar extremamente elevado e que quanto menor for o montante de um financiamento, melhor. Portanto, se você paga aluguel, não tenha tanta pressa para sair. Se for o caso, procure um imóvel mais simples e tente economizar mais dinheiro para dar uma entrada maior no financiamento.

Financiar mais de 50% de seu imóvel torna-se caro e arriscado, já que uma parte considerável de sua renda está sendo gasta com o pagamento das prestações. Pense que quanto menor for sua dívida, menor será o valor gasto com os juros. Espere um pouco mais e economize para aumentar o valor da entrada. Além disso, procure ajuda para investir seu dinheiro e maximizar o retorno de suas economias. Só desse jeito você conseguirá realizar seu sonho, sem ter que passar por grandes dificuldades financeiras.

*Mauro Halfeld, Seu imóvel - Como comprar bem, Ed. Fundamento


Fonte : INfomoney
Participe do grupo Estudos Imobiliários
E-mail:
Visitar este grupo
Participe : Da discussão sobre a lei de uso e ocupação do solo Pl820

ShareThis

DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais