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segunda-feira, 24 de maio de 2010

ROTEIRO PRÁTICO PARA ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS


Em 25/05/2010 - Por: Paulo Viana Cunha*


1ª PARTE – PLANEJAMENTO

É desejável que o planejamento seja realizado na forma escrita e seja constantemente atualizado, de modo a propiciar o acompanhamento dos trabalhos por parte dos interessados, sejam eles os Contratantes, Executores, Parceiros, Patrocinadores, Fornecedores ou outros.


1. TIPO

• A primeira coisa que deve ser definida é o que vai ser feito, qual o tipo de evento que se pretende organizar, se será uma festa, palestra, seminário, congresso, concurso, competição, torneio, etc.;

• Esta definição trará impacto sobre todas as demais decisões e tarefas posteriores;


• Está diretamente relacionada com o Tema, Objetivo e Público Alvo;


2. TEMA

• A escolha da temática é necessária para que se consiga atrair a atenção e influenciar na decisão de participação do Público Alvo;

• A definição do tema deve ir ao encontro da necessidade objetiva, bem como da subjetividade do Público Alvo;

• O tema deve ser atual, é interessante se poder associar a um assunto de grande interesse ou recorrente na mídia, personagens, modismos, estilos, cultura, fatos importantes, enfim, algo que seja comum a todo o público almejado;


3. DENOMINAÇÃO

• A escolha de um bom nome para o evento colabora para o seu sucesso, pois deve ser capaz de sintetizar o tipo e o tema, de modo a possibilitar uma compreensão instantânea, por parte daquele que toma conhecimento de sua realização;

• O nome do evento está diretamente associado a toda a imagem que se pretenda emitir, ou seja, deve harmonizar-se com a imagem visual, gráfica, marca e signos promocionais a serem adotados;


4. OBJETIVO

• Deve ser definido claramente o que se pretende atingir com a realização do evento;

• A definição do objetivo é de grande importância para que não se perca o foco durante a preparação do evento, de modo a se chegue a um resultado diferente daquele originalmente almejado;


5. JUSTIFICATIVA

• A definição da justificativa é necessária para que se possa entender o por que se fazer o evento, ou seja, entender melhor as razões da realização do evento;

• A justificativa para realização de um evento pode ser de caráter técnico, científico, cultural, institucional, legal, econômico, promocional, ou mesmo sentimental, dentre muitas outras;

• Está diretamente ligada ao objetivo do evento;


6. PÚBLICO ALVO

• A definição do Público Alvo do evento (para quem) é de vital importância para o sucesso do empreendimento, pois irá direcionar a forma que será feita a sua divulgação, ou seja, é necessário identificar, qualificar, quantificar, localizar todos a serem envolvidos;

• Ao se definir o público é necessário que se quantifique este público, de modo que se realize um evento proporcional, sem deixar excessos ou desperdícios de recursos;

• Embora sejam os mais importantes, Público Alvo não se limita aos convidados, à platéia, mas engloba também todos os outros que serão envolvidos pelo evento, tanto o público interno quanto externo, ou seja, organizadores, parceiros, patrocinadores, fornecedores, etc.;

• No caso de palestras, seminários e congressos, os oradores também fazem parte do público alvo, pois a sua aceitação para exposição pública durante o evento, está diretamente relacionada com a confiança na qualidade da organização e no sucesso que lhe será proporcionado, para que concorde em associar seu o nome ao evento;


7. ORGANIZADOR

• Um outro ponto importante do planejamento é definir quem ficará responsável pela organização e realização do evento, ou seja, quem vai coordenar o evento;

• Pode ser o próprio interessado, pessoa física ou jurídica, ou profissionais especializados, tais como empresas de cerimonial, promoters, etc.;

• Necessário definir qual o nível de delegação, ou seja, poder de decisão que será outorgado ao Coordenador, posto que um grande número de decisões deverá ser tomada por quem estiver nesta condição e, a falta de delegação leva inexoravelmente a uma demora na tomada de decisões, sendo que tempo nem sempre é um fator abundante na preparação dos eventos;


8. CRONOGRAMA

• A fixação da cronologia de preparação, quando, e execução de um evento em muito ajuda a traçar metas, prazos e acompanhar a efetiva realização de cada uma delas, de modo que nada fique para a última hora ou deixe de ser corretamente executado;

• Uma boa maneira de montar um cronograma é na forma de tabela, definindo nas linhas as tarefas e nas colunas o tempo (início e fim) a ser consumido por cada atividade;


9. PROGRAMAÇÃO

• A elaboração do programa do evento consiste em se determinar as atividades que serão desenvolvidas, com seus respectivos horários de início e término;

• Nada deve ser esquecido, sob pena de improvisações e inexistência de tempo hábil para executar todas atividades;

• Deve-se também considerar o tempo necessário, durante realização, para as comunicações, deslocamentos, alocação e desmonte de cada atividade do evento;


10. LOCAL

• A escolha do local (onde) que vai abrigar o evento é fundamental para seu sucesso;

• Deve ser proporcional ao tamanho do Público que vai participar: um lugar muito pequeno pode ficar excessivamente lotado, causando incômodo, já um lugar muito grande pode passar uma imagem de vazio, ou seja, de que não conseguiu o volume de público almejado;

• O local deve contar com a infra-estrutura necessária, ou ter a capacidade de receber esta infra-estrutura, composta por alambrados, cercas, cadeiras, mesas, equipamentos de som, vídeo, projetores, ar condicionado, decoração, etc.;


11. PARCEIROS

• A definição de quem poderá ser parceiro ou possíveis patrocinadores delimita os contatos iniciais a serem realizados, tanto em busca de recursos financeiros e divulgação, quanto em relação aos convidados que irão abrilhantar o evento;
• É importante observar se não existem conflitos entre os parceiros, de modo a não criar situações desagradáveis ou mesmo constrangedoras no momento do evento, tais como colocar lado a lado, na mesma mesa inimigos ou adversários políticos, etc.;
• Os parceiros podem se fazer presentes nas mídias de divulgação, stands, distribuição de brindes e material promocional;


12. DETALHAMENTO

• O detalhamento consiste em esmiuçar cada atividade acima (definir o como será feito);

• Elaboração do croquis do evento, alocando cada atividade nos espaços correspondentes;

• Tratando-se de Seminários, deve-se definir:
o Os Títulos das palestras;
o Os nomes dos palestrantes;
o Como serão agrupadas as falas (painéis);
o Obtenção dos mini-currículos dos palestrantes para sua apresentação ao público;
o Composição das mesas;
o Contratação do cerimonial, apresentador;


13. DIVULGAÇÃO

• Esta é a parte de maior importância para sucesso de um evento;

• Devem ser definidas as mídias que serão utilizadas:
o Cartazes;
o Folhetos;
o Flyers;
o Banneres;
o Mala direta postal ou eletrônica;
o Outras (dependendo do tamanho e da dispersão do Público Alvo, bem como da disponibilidade de recursos);

• Parte da divulgação, tal como o envio de flyers por meio eletrônico, pode ficar a cargo dos parceiros, que utilizarão seus próprios cadastros particulares;

• Deve-se obter junto a cada um dos parceiros, patrocinadores e apoiadores as respectivas logomarcas, em arquivos de alta definição, para serem encaminhados ao Studio responsável pela elaboração das peças publicitárias;


14. MATERIAIS

• Devem ser definidos os materiais a serem utilizados ou distribuídos no evento:
o Blocos de anotação;
o Canetas;
o Certificados;
o Pastas;
o Peças de publicidade;
o Surpresinhas;
o Etc.;


15. APOIO

• Devem ser definidos os serviços de apoio que serão necessários ao evento:
o Segurança;
o Recepcionistas;
o Mestre de Cerimônias;



2ª PARTE – PREPARAÇÃO

• Qualificação de Fornecedores;
o Consiste em identificar e aprovar os produtos e serviços daqueles que irão oferecer propostas para fornecimento dos insumos necessários;

• Coleta de propostas/ levantamento de Custos;

• Contatar Parceiros/Patrocinadores;
o Obtenção dos recursos necessários;


3ª PARTE – EXECUÇÃO

• Convidar/confirmar Palestrantes, Autoridades;

• Contratar Decoração;

• Contratar Divulgação;

o Estúdio de produção do material gráfico de divulgação do evento;
o Gráficas

• Captação das inscrições e confirmações de presença

• Contratação dos produtos e serviços necessários:

o Contratação e reserva do espaço físico, onde se realizará o evento;
o Buffet;
o Artistas;

• Confirmação com os fornecedores, um a um, ao aproximar-se da data do evento;

• Acompanhamento da montagem, superação dos imprevistos (falta de pontos de energia elétrica, pontos com disponibilidade inferior ä necessária, etc.;


4ª PARTE – AFERIÇÃO DE RESULTADOS

• A aferição dos resultados pode ser em relação a diversos elementos:

o Resultados econômico/financeiros;

o Satisfação do Público;

o Realização dos objetivos;

• É interessante quantificar matematicamente os resultados para se poder comparar com outros resultados futuros, bem como para informar aos parceiros/patrocinadores, com vistas a mantê-los nesta condição para eventos futuros.



*Paulo Viana Cunha é Advogado e Corretor de Imóveis e Presidente do IBEI – Instituto Brasileiro de Estudos Imobiliários.

pvc@pvc.adv.br - Av. Uruguai, n.º 335, sala 2, bairro Sion - Belo Horizonte/MG – Brasil
CEP 30.310-300 - Telefax: 55 (31) 2551-2718

5 comentários:

  1. muito bom esse artigo. Me ajudou muito... Obrigado.

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  2. Dr. Paulo Viana Cunha, felicitações pelo detalhamento do roteiro para a organização de eventos.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Prezado Paulo, sou do interior e receberemos um coral da cidade de Ceres para uma apresentação. Fui incumbida de preparar o cerimonial da mesma. Já fiz pesquisas e não consigo um modelo para tal. No mesmo evento terá entrega de uma placa de homenagem ao Maestro. Pode me ajudar? Desde já, agradeço.

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais