Post do IBEI

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Avenida Dom Pedro I será duplicada

Avenida Dom Pedro I será duplicada
Secretário diz que município pretende realizar ligação direta entre a Linha Verde e o Estádio Mineirão

A Avenida Dom Pedro I, o principal corredor viário entre Venda Nova e a Pampulha, terá a pista alargada. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Políticas Urbanas, Murilo Valadares, durante inauguração de trecho duplicado da Avenida Antônio Carlos, dia 11 de novembro. Segundo ele, a obra faz parte de um conjunto de intervenções viárias que precisarão ser feitas para que Belo Horizonte possa sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. "A idéia é fazer uma ligação direta e rápida entre a Linha Verde e o Mineirão para quem vem do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins", explicou. Conforme o secretário, o empreendimento está em fase de elaboração do projeto técnico, que deve ser finalizado neste ano.

O início da licitação ficará a cargo da nova administração municipal, mas Murilo Valadares acredita que as obras possam começar em até um ano. A duplicação da Avenida Pedro I, com a criação de uma pista central exclusiva para ônibus, é aguardada com esperança pelos moradores da região Norte da capital e de outros municípios da Grande Belo Horizonte, que utilizam a via. Para muitos, essa seria a solução para os constantes congestionamentos na Avenida, principalmente nos horários de pico. "Demoro mais de meia hora todo dia para passar pela Avenida", explicou o representante comercial Alvimar Figueiredo, morador do Bairro Itapuã.
Por outro lado, comerciantes temem pelos processos de desapropriação. Um deles, Bruno Costa, afirmou estar receoso pelo valor pago para a desapropriação dos imóveis: "O ponto de comércio aqui é muito bom".De acordo com Murilo Valadares, certamente, a Prefeitura precisará fazer desapropriações ao longo da Avenida: "Elas devem ser caras, mas são necessárias". A Prefeitura ainda não tem o custo estimado da obra.

Para o doutor em planejamento em transporte e trânsito da Fundação Dom Cabral, Paulo Tarso, o alargamento da Pedro I é a solução mais viável a curto prazo, sendo que o ideal seria o planejamento da ligação entre o aeroporto e o estádio via sistema de trens rápidos. Ele ressalta, que vale a pena levar em conta a possibilidade de fazer essa ligação pelo Bairro Floramar, passando por debaixo da região do aeroporto da Pampulha. O especialista ressalta, ainda, que é preciso tomar cuidado para que a duplicação não crie um gargalo ainda maior na Lagoa da Pampulha, onde há um afunilamento.

Fonte: O Tempo, Eugênio Martins, 12/11/2008.
http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/Pedro%20I%20duplicada

Um comentário:

  1. Boa Tarde Dr. Paulo Viana,

    Com sua experiencia no ramo imobiliário gostaria da sua opinião sobre a valorização dos imoveis no bairro itapoã após a duplicação da Av. Pedro I, principalmente os imoveis nas ruas próximas da Av. Pedro I?

    No Aguardo,

    Anderson Flávio
    anderson.flavio@msn.com

    ResponderExcluir

Responderei o mais rápido Possivel

Participe do grupo Estudos Imobiliários
E-mail:
Visitar este grupo
Participe : Da discussão sobre a lei de uso e ocupação do solo Pl820

ShareThis

DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais