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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Condomínio barato? Veja os cuidados para não gastar mais no futuro

Recomendar!Por: Fernanda de Moraes Bonadia
10/01/11 - 17h41
InfoMoney


SÃO PAULO – Adquirir a própria casa é um sonho que pessoas do mundo todo desejam conquistar. Porém, na ânsia de ter um lar, muitos consumidores levam em conta os baixos preços, como o condomínio mais barato, e esquecem de verificar se as manutenções são feitas regularmente.

"Um condomínio barato não necessariamneto é negativo, pois o síndico pode ter feito algumas manutenções preventivas de forma planejada", explica a gerente de produtos e parcerias da Lello Condomínios, Raquel Tomasini.

Todo edifício tem vida útil e precisa de reformas e melhorias regulares e, quando elas não são feitas ou são realizadas de forma irresponsável, os moradores vão gastar muito mais no futuro. "Os condomínios que não fazem a prevenção podem ser mais baratos agora, mas o problema pode se tornar muito maior e custar mais caro", alerta a engenheira.

A dica dela é que os consumidores verifiquem com o zelador se o prédio faz as manutenções regulares em bombas de recalque, interfone, portões, etc. Além disso, visualmente dá para perceber se o prédio é bem cuidado ou não.

Síndico, um homem de negócios
Raquel ainda dá algumas dicas para que o síndico não erre na hora de fazer alguma reforma. "A primeira orientação que damos é que se conheça efetivamente o problema. Apesar de o síndico não ser técnico especializado, é importante que ele busque um profissional para ajudá-lo", destaca.

Ela vê o aparecimento de uma nova figura de síndico, uma pessoa que cada vez mais traz a visão de negócio para o prédio. Por isso, muitos deles procuram fazer a prevenção, conciliando-a com gastos menores.

“Pessoal de prédio gosta de coisa barata”, pondera o diretor de condomínio da Aabic (Associação de Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), Omar Anauate.

Por isso, ele também aconselha que a escolha por uma empresa que vai fazer a obra não seja baseada no baixo preço, mas que se faça muita pesquisa prévia, como conversar com outros síndicos e verificar obras realizadas pela firma, decidindo por aquela que atue com certo profissionalismo. “Uma empresa que topa qualquer negócio vai fazer qualquer negócio no seu prédio”, alerta Omar.

Retrofit e a valorização do seu apartamento
A engenheira Raquel explica que, dentro da área da construção, Retrofit se refere às reformas de modernização do edifício, bem como de segurança e para criar melhorias. "Desde mudar a parte elétrica, até reformas na fachada, em uma sala de ginástica e a troca de móveis para o hall", exemplifica.

Para a profissional, uma reforma é sempre algo positivo para o edifício e traz valorização para o imóvel. No caso de haver dois edifícios na mesma rua, com a mesma metragem dos apartamentos, mas um tiver a fachada reformada e o outro não, o primeiro será mais bem visto.

"Varia muito, mas o valor do imóvel pode chegar a uma variação de 15%. Um prédio bem cuidado é um atrativo para quem está comprando", afirma Raquel.

Diferentes obras
O Código Civil estabelece três tipos de obras que são feitas em edifícios, lembra Omar. São elas:

Obras necessárias: são aquelas, por exemplo, para combater infiltração, degradação e arrumar pastilhas que estão caindo. Para aprová-las, é necessário fazer uma assembleia e ter aprovação da maioria dos presentes.
Obras úteis: trazem benefício e valorizam o prédio, mas não têm urgência. São exemplos as churrasqueiras, jardim e reforma na entrada. É necessária a aprovação da maioria dos condôminos.
Obras voluptuosas: referem-se ao embelezamento e requinte, como troca de imóveis e decoração em geral. Para aprovação, são necessários dois terços dos moradores.
Obras que pesam no bolso
De acordo com Omar, as obras que mais pesam no orçamento do prédio são aquelas feitas na fachada dos edifícios e também as de impermeabilização, já que é necessário remover todo o piso do térreo e depois recolocar tudo.

Além disso, é importante fazer regulares manutenções nas instalações elétricas e hidráulicas. É responsabilidade do edifício, por exemplo, mexer nas colunas d´água que vão da caixa até o apartamento (enquanto que cada morador é responsável por sua unidade).

Outra obra que custa bem caro para o condomínio, é a troca de elevadores velhos por um sistema eletrônico. Já em relação às áreas de lazer, Omar aconselha que piscinas, salas de ginástica, parquinho para crianças, entre outros, recebam manutenção constante para não haver complicações.

Planejamento
Uma maneira de tentar reduzir os custos das reformas no edifício é fazer um fundo de obras fixo, pois, com dinheiro em caixa, é possível negociar o preço com a empresa e ainda não cobrar dinheiro a mais dos condôminos.

O problema, segundo Omar, é que às vezes a obra é muito grande e cara e o dinheiro do fundo, insuficiente. Por isso, alguns prédios fazem fundos temporários, para determinada obra.

De qualquer forma, Omar afirma que o importante é se planejar. Dessa forma, é possível negociar preços, pesquisar com calma as empresas do mercado e ratear dinheiro entre os moradores com antecedência, para amenizar os valores mensais

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais