Post do IBEI

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Uma visão sustentável sobre a construção civil

Uma visão sustentável sobre a construção civil

Profissionais do setor avaliam as melhores soluções para aplicar o conceito da sustentabilidade nos empreendimentos
Fonte: Redimob.
Por: Redação Redimob.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010 11:26

A construção civil atualmente está colhendo bons frutos no país. A expansão do setor é nítida e espera-se que essa crescente tão cedo não seja interrompida. Junto com a grande demanda, o conceito da construção sustentável também vai ocupando um espaço maior. Atualmente, é impossível falar de construção civil sem se preocupar com o que está sendo feito para solucionar os principais problemas ambientais, sem ter que renunciar as tecnologias que atendam às necessidades de seus usuários.Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Imobiliários (IBEI), Paulo Viana Cunha, o desafio vai muito além de inventar e reinventar novas técnicas. “A dificuldade também está na difusão dessas novas alternativas, de modo que se tornem conhecidas e passem a ser adotadas por um número cada vez maior de construtores. E a superação deste desafio passa pela valorização do conhecimento, por criação de formas de promover estudos e difundir o conhecimento gerado,” ressalta.Sustentabilidade x bolso do clienteEm todo o mundo, já estão ocorrendo movimentos de valorização das construções sustentáveis, fazendo com que o público consumidor, conheça essas vantagens e opte por construções que adotem este conceito. “Infelizmente ainda há a barreira dos custos, algumas vezes maiores que os das construções tradicionais, e isso ainda é limitador para a maioria das pessoas. Porém, acredito que muitas destas soluções, em breve, serão incorporadas pelas legislações urbanísticas, o que vai proporcionar a redução da pressão sobre os recursos naturais e resultar em benefícios não só para o homem, mas para todas as formas de vida da terra,” comenta Cunha.Atingir todos os públicos na construção sustentável ainda continuará sendo um desafio e vai depender da visão de cada empresa para melhor superar esse obstáculo, na visão do Sócio Diretor da Konkreta Construtora, e Incorporadora, Kim Mendes. “O público classe A pode avaliar como diferencias e ter condições de pagar 5 ou 10% a mais em virtude disso, mas o público C e D não tem condição para isso. Para as construtoras voltadas a esse público, os investimentos nas questões da sustentabilidade tem que ser encaradas como seu dever de casa. Sua responsabilidade é que sairá de uma parcela dos seus lucros, pois não dá para repassar os custos aos clientes,” finaliza.Aplicando o conceito na práticaQue os projetos sustentáveis são cada vez mais importantes para a preservação do planeta, isso não há dúvida. Mas os empecilhos existentes para promover uma construção sustentável não impedem que esta seja realizada. E para isso é necessário que cada empresa faça a sua parte, promovendo ações e conscientização entre os funcionários. “Pretendemos implantar um sistema de fossa que trate melhor a água nos próximos empreendimentos, instruímos a mão- de -obra a separar os restos de materiais para retirada adequada do terreno, instruímos a não colocar foco nas sobras, algo que infelizmente era freqüente. É um trabalho difícil para nós que estamos agora fechando o primeiro ano da empresa, mas que estará ainda mais em prioridade para 2011,” explica.Se até agora o conceito tomou espaço, para o próximo ano, não será diferente. A sustentabilidade realmente veio para ficar. “Entendo a sustentabilidade como a preocupação com o todo, com o cuidado de orientar e qualificar a sua mão de obra e seus funcionários e também a questão ambiental. Tenho certeza de que muitas empresas da construção civil levam o tema a sério e trabalham nesses três fatores, mas somos um país onde o governo é uma peça muito importante e seria mais fácil se ele incentivasse essas empresas e não apenas obrigasse,” argumenta Mendes.

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais