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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fique atento ao escolher seu imóvel

Antesv de fechar negócio, pesquise a localização, a situação física do bem e se vale a pena viver em condomínio
Carin Homonnay Petti, especial para o iG | 19/01/2011 05:46
A busca por um novo imóvel exige olhar atento. Antes de assinar o contrato de compra – ou mesmo de aluguel – confira as dicas do arquiteto Fernando Oliveira, sócio do escritório Szabó e Oliveira Arquitetura, de Valéria Cunha, especialista do Procon-SP, e também orientações do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica.

Localização

- Veja se o endereço do imóvel é de seu agrado. De nada adianta uma casa perfeita se o preço a pagar for muito barulho no ouvido ou enorme perda de tempo no trânsito para chegar ao trabalho, supermercado ou escola das crianças.

- Converse com os futuros vizinhos para conhecer mais sobre as proximidades. Eles poderão contar, por exemplo, se há risco de enchente no verão ou feira livre na porta de casa.

- Visite o imóvel em vários horários para avaliar melhor o perfil da vizinhança. Uma rua tranquila durante o dia pode se tornar insuportável à noite com a barulheira do bar da esquina.

- Confira na prefeitura a lei de zoneamento local – e possíveis alterações previstas. Com isso, você reduz o risco de ser surpreendido por construções indesejáveis nas redondezas.

- Verifique também se estão previstas obras públicas como, por exemplo, a construção de terminais de ônibus. Um despachante especializado pode ajudá-lo na tarefa.





Condições físicas do imóvel devem ser verificadas com atenção
Condições físicas do imóvel

- Agende as visitas de inspeção durante o dia, pois à noite problemas como rachaduras, mofo e falta de luminosidade passam mais facilmente despercebidos.

- Verifique a pressão da água abrindo as torneiras e pressionando as descargas dos vasos sanitários com válvulas acopladas à parede.

- Observe a incidência do sol em diferentes horários. Imóvel com face norte recebe mais sol para quem vive no Hemisfério Sul. A vantagem é que permite maior incidência do sol no inverno porque a direção dos raios solares nesta época do ano é mais “rasante” na hora do meio dia.

- Abra as janelas para avaliar a ventilação do imóvel.

- Saiba que paredes recém-pintadas podem indicar a tentativa dos proprietários de disfarçar problemas com umidade. Por isso vale dobrar atenção em caso de pintura impecável.

- Dê atenção especial à vistoria do telhado, pois seu conserto custa caro.

- Fique atento à existência de rachaduras na parede, com especial atenção às de sentido diagonal, que podem indicar sérios danos estruturais.

- Ligue os chuveiros com aquecimento central para verificar se a água demora para esquentar – suspeita de problema no sistema.

- No caso de casas, certifique-se da existência de caixa de gordura em bom estado para evitar mau cheiro.

- Confira a qualidade da drenagem das varandas jogando um balde de água no chão. Em jardins, veja se há ralos para escoamento da água

- Peça para um especialista examinar o quadro de luz. Para a tarefa, leve em conta os aparelhos elétricos que serão utilizados.

- No caso de compra, procure um engenheiro ou arquiteto para participar da vistoria e dar sinal verde ao negócio.


Condomínios

- Verifique o valor das taxas de condomínio e das eventuais mensalidades do fundo reserva, geralmente destinado a despesas com pagamento de férias e décimo terceiro salário dos funcionários e também à cobertura de gastos imprevistos, como consertos ou indenizações trabalhistas.

- Converse com o síndico e o zelador sobre eventuais problemas na construção e infraestrutura do edifício. Informe-se a respeito de obras previstas que exigirão desembolsos extras.

- Confira com o síndico se as contribuições dos moradores estão em dia. Assim você reduz o risco de dividir a conta de vizinhos inadimplentes. E lembre-se: quanto menor o prédio, maior o impacto de eventuais calotes no bolso dos outros condôminos.

- Avalie as condições de segurança.

- Veja se as vagas na garagem são exclusivas para seu apartamento.

- Confira a qualidade das áreas comuns e de lazer e avalie se serão aproveitadas. Se não for utilizá-las, pode ser mais vantajoso optar por um local com instalações mais simples para pagar menos condomínio.

- Verifique a qualidade do isolamento acústico dos apartamentos.

Fonte : IG

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais