terça-feira, 15 de março de 2011
Locador e Locatário
Por:Instituto Brasileiro de Estudos Imobiliários IBEI
O instituto IBEI recebe inúmeras perguntas sobre Locador e Locatário.
Muitas pessoas ainda têm a cultura de cidade pequena e têm receio de confiar em uma imobiliária, os direitos e deveres são uma duvida constante.
Levamos algumas perguntas ao Presidente do Instituto IBEI, Advogado especialista em Mercado Imobiliário Paulo Viana.
Paulo Viana: Confiar em uma imobiliária ou mesmo em qualquer outra pessoa (física ou jurídica) pode ser uma questão de fé (quando o fazemos cegamente, baseado apenas em pré conceitos), ou realizado de forma profissional (a partir da análise da ficha corrida, dos antecedentes, da documentação e de fontes formais de consulta, tais como órgãos de classe, SPC, PROCON, etc.).
Em Minas Gerais, temos o hábito de investigar a fama de uma empresa, perguntando a amigos e parentes que já tenham negociado com ela (boca a boca).
Embora estes indicadores sejam eficientes para encontrarmos eventuais contra indicações a negociar com determinada empresa, nada garante que ela se manterá boa eternamente.
Temos sempre que estar vigilantes, acompanhando o trabalho daqueles a quem delegamos nossos interesses.
IBEI: Quais as vantagens de contratar os serviços de uma imobiliária para locar um imóvel?
Paulo Viana: A vantagem é justamente a segurança, vez que a contratação de imobiliária idônea irá proporcionar a redução dos riscos de um negócio mal feito, transformando em tranqüilidade o problema enfrentado pelo Proprietário do imóvel.
Uma imobiliária idônea contém profissionais habilitados (corretores imobiliários regularmente inscritos no CRECI) para fazer a avaliação, documentação, contratação e administração de vendas ou locação de imóveis.
A idoneidade de uma imobiliária pode ser aferida iniciando-se pelo órgão de classe, ou seja, pelo CRECI local, que informará se se trata de empresa regularmente constituída, com profissional responsável habilitado.
IBEI: Quais os direitos do locatário e do locador?
Paulo Viana: Os direitos do locatário e do locador estão dispostos na lei 8.245/1991, sendo que, os direitos de um são as obrigações do outro, as obrigações do locador e do locatário são elencadas respectivamente nos artigos 22 e 23, desta Lei.
IBEI: Poderia citar algumas obrigações das imobiliárias?
Paulo Viana: As imobiliárias têm obrigação de prestar serviços de qualidade e dar quitação, na forma de recibo, dos valores auferidos com sua atividade profissional.
IBEI: O que não é correto cobrar do inquilino quando aluga um apartamento?
Paulo Viana: Não é correto cobrar do inquilino taxa de cadastro ou administração, vez que a legislação estabelece como dever do locador (inciso VII, do art. 22, da Lei 8.245/1991).
IBEI: O que o inquilino deve observar em um corretor de imóveis? Imobiliária?
Paulo Viana: Ao ser atendido por um Corretor Imobiliário, o Cidadão tem o direito de exigir a apresentação da carteira profissional do Corretor, para se certificar de estar tratando com um profissional responsável e não com um aventureiro. O mesmo vale para imobiliárias, vez que elas também devem estar devidamente registradas no CRECI de sua região.
IBEI: Qual a importância da vistoria do imóvel e, para que serve?
Paulo Viana: A vistoria do imóvel é realizada para documentar o estado em que o mesmo se encontra, geralmente quando ocorre troca de titularidade da posse do bem. É feita na forma escrita, ou seja, um documento, assinado por ambas as partes contratantes, o laudo, do qual constam a descrição minuciosa e fotos do imóvel.
Também é necessário vistoriar um imóvel por ocasião da avaliação, para que se possa comparar aquele bem com outros ofertados no mercado.
IBEI: Vantagens das redes de imobiliárias para o locatário?
Paulo Viana: As redes de imobiliárias geralmente concentram suas ofertas em certas mídias, geralmente sites da internet, que facilitam em muito a localização e visualização do imóvel de interesse do comprador ou do inquilino.
As redes também costumam padronizar os procedimentos comerciais e contratos, de modo a facilitar o trabalho dos corretores e clientes.
Geralmente as redes também exigem de seus participantes o respeito a um código de ética, o que reverte em mais credibilidade e qualidade do serviço prestado.
IBEI: Que garantias a imobiliária pode exigir do inquilino para pagamento do aluguel?
Paulo Viana: As garantias que o locador pode exigir do inquilino são uma das quatro abaixo:
I – Caução;
II – Fiança;
III – Seguro fiança;
IV – Cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento;
Mas após a alteração na Lei de Locações introduzida pela Lei 12.112/2009, ficou interessante não constar qualquer garantia nos contratos, mas exigir o pagamento antecipado e, no caso de atraso, pedir logo a liminar de despejo
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Paulo Viana Cunha
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10:52
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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I
Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.
Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais
Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais
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