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terça-feira, 15 de março de 2011

Taxa média de juros é a menor desde outubro




São Paulo, SP - Pesquisa sobre o comportamento dos juros, feita pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), conclui que as taxas para as operações de crédito foram reduzidas em fevereiro (2011), mesmo com as medidas implementadas pelo Banco Central para frear o consumo e reduzir a inflação.



De acordo com o coordenador da pesquisa e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, estas reduções podem ser atribuídas a quatro fatores: o bom momento da economia brasileira, com crescimento no nível de emprego e renda; a estabilidade nos índices de inadimplência; maior competição no sistema financeiro; e as margens existentes nas taxas de juros atuais, que permitem mantê-las - e até reduzi-las, ainda que “em um ambiente de elevação da taxa básica de juros (Selic)”.



Pessoa física - Com exceção do cartão de crédito rotativo, que em fevereiro manteve inalterada sua taxa média; e do cheque especial, cuja taxa média do mês elevou, “todas as demais linhas de crédito tiveram suas taxas de juros reduzidas”, conclui a pesquisa da Anefac.



De acordo com a pesquisa, com tal comportamento a taxa média geral de juros para pessoa física apresentou em fevereiro uma redução de 0,12 ponto percentual, o que corresponde “a uma redução de 1,75% no mês (2,45% em 12 meses), passando a mesma de 6,85% ao mês (121,46% ao ano) em janeiro (2011), para 6,73% ao mês (118,49% ao ano) em fevereiro. A Anefac destaca que esta é a menor taxa média de juros desde outubro de 2010.



Pessoa jurídica – Com exceção da linha de crédito da conta garantida, que teve elevada sua taxa média de juros em fevereiro, todas as linhas de crédito pesquisadas foram reduzidas no mês, mostra a pesquisa da Anefac.



A taxa média geral de juros para pessoa jurídica, mostra a pesquisa, apresentou uma redução de 0,02 ponto percentual no mês (0,36 ponto percentual em 12 meses), correspondente a uma redução de 0,52% no mês (0,62% em 12 meses), passando de 3,88% ao mês (57,90% ao ano) em janeiro, para 3,86% ao mês (57,54% ao ano) em fevereiro de 2011, “sendo esta a menor taxa média de juros para pessoa jurídica, desde dezembro de 2010”.



A taxa de juros e a Selic – “Considerando todas as elevações da taxa básica de juros, promovidas pelo Banco Central desde janeiro de 2010, tivemos no período (janeiro de 2010 a fevereiro de 2011) uma elevação da Selic de 2,5 pontos percentuais (alta de 28,57%), que passou de 8,75% ao ano em janeiro de 2010, para 11,25% ao ano em fevereiro de 2011”, aponta a Anefac.



Conforme o estudo, “neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 3,47 pontos percentuais (queda de 2,85%), de 121,96% ao ano em janeiro de 2010, para 118,49% ao ano em fevereiro de 2011”.



Ainda, a pesquisa da Anefac mostra que nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 1,45 ponto percentual (alta de 2,59%), de 56,27% ao ano em janeiro de 2010, para 57,54% ao ano em fevereiro de 2011.



Estimativa para 2011 - “Mesmo com as taxas de juros das operações de crédito mostrando redução em fevereiro, a nossa expectativa é a de que as taxas de juros voltem a ser elevadas nos próximos meses”, diz Miguel Ribeiro de Oliveira.



“Nossa análise – continua o vice-presidente da Anefac - é baseada na expectativa de que o Banco Central vai continuar elevando a Selic nos próximos meses, como forma de conter a demanda interna, e com isso reduzir a inflação. Também, (é levado em conta que) eventualmente, (o BC possa) tomar outras medidas complementares de política monetária, (visando) trazer a inflação para dentro da meta estabelecida. Isto se as medidas tomadas anteriormente e as elevações da taxa básica de juros não forem suficientes para a redução dos índices de inflação”, conclui Miguel Ribeiro de Oliveira.







Comportamento: janeiro/fevereiro 2011



LINHAS DE CRÉDITO





JANEIRO/2011



TAXA

FEVEREIRO/2011



TAXA

VARIAÇÃO



%

PONTOS



PERCENTUAIS



MÊS

ANO

MÊS

ANO



Juros comércio

5,79%

96,49%

5,60%

92,29%

-3,28%

-0,19



Cartão de crédito

10,69%

238,30%

10,69%

238,30%

0%

0



Cheque especial

7,63%

141,66%

7,68%

143,01%

0,66%

0,05



CDC – bancos

2,46%

33,86%

2,34%

31,99%

-4,88%

-0,12



Empréstimo pessoal bancos

4,85%

76,53%

4,65%

72,53%

-4,12%

-0,20



Empréstimo pessoal



financeiras

9,68%

203,06%

9,44%

195,20%

-2,48%

-0,24



TAXA MÉDIA





6,85%

121,46%

6,73%

118,49%

-1,75%

-0,12




Fonte: R7
Fonte: Anefac

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais