Post do IBEI

terça-feira, 22 de março de 2011

Melhor idade e o mercado Imobiliário


  Paulo Viana Cunha

O mercado imobiliário ainda não acordou para a oportunidade constituída por um segmento da população, que cresce dia a dia, chamado terceira idade.


O número de idosos no Brasil cresce devido à melhoria das condições de vida da população brasileira, ao desenvolvimento da medicina e das indústrias de medicamentos e equipamentos médicos, além do fato histórico, constituído pela explosão populacional observada nas últimas décadas, cujos novos brasileiros, agora chegam nesta fase da vida.

Os idosos, pessoas com mais de 65 anos, geralmente aposentados e com renda definida, têm necessidades próprias que os imóveis produzidos pelos empreendedores geralmente não contemplam, que têm como objetivo melhorar a acessibilidade e a segurança do morador.

Corrimão nos boxes e paredes do banheiro, ausência de degraus, portas e elevadores mais largas e maiores, cabeamento de telefone em todos os cômodos, são alguns exemplos de melhorias que podem ser do interesse deste público.

A legislação urbanística de Belo horizonte não contém disposições especiais para as necessidades deste público. Somente há pouco tempo nossa cidade passou a contar com leis que procuraram melhorar a acessibilidade urbana para portadores de algumas necessidades especiais, como a proibição de degraus nos passeios e calçadas, instalação de piso tátil nas calçadas, rampas de acesso em prédios comerciais, vagas especiais para idosos e portadores de necessidades especiais em estacionamentos de alguns estabelecimentos comerciais, dentre outras.

É lamentável que poucos empreendedores imobiliários e construtores estejam sensíveis para esta questão.

A gerontóloga Naira Dutra Lemos, da Unifesp elenca as principais reclamações dos idosos com relação às habitações:


* Prédios baixos, de até cinco andares, pecam pelo excesso de escadas e a ausência de rampas e elevadores.

* Algumas edificações, sobretudo as mais antigas, não possuem rampas que deem acesso à entrada do prédio. Neste caso, um idoso ou um cadeirante sente muitas dificuldades para ingressar no imóvel.

* Vãos das portas estreitos, que dificultam o tráfego interno de um idoso que, por ventura, precise do auxílio de um andador, cadeira de rodas ou até mesmo bengala.

* Banheiros sem pisos antiderrapantes e com poucos pontos de apoio, como barras de segurança, principalmente na área do banho.

* Ambientes com iluminação precária, que facilitam os tropeços, esbarrões e, consequentemente, as quedas.

* Portas com fechaduras sem alça, o que dificulta o apoio e o manuseio.
A especialista avalia que a nova preocupação das construtoras com a terceira idade tem a ver com um novo posicionamento do mercado. No Brasil, já é comum pessoas com idade acima de 60 anos continuarem plenamente ativas e com renda média até superior aos mais jovens. “A medicina evoluiu, a tecnologia evoluiu e o idoso também evoluiu. Ele hoje é tão consumidor quanto um adulto de 30 anos. Por isso, passou a exigir acessibilidade adequada e habitações adaptadas a ele”, diz Naira Dutra Lemos, lembrando que o idoso já enfrentar condições difíceis quando sai de casa, com calçadas irregulares, e o mínimo que pode exigir é que a construção civil lhe ofereça conforto em casa.



Portas com fechaduras invertidas facilitam o apoio e evitam quedas

Áreas sem desnível com boa luminosidade ajudam a evitar quedas

Banheiros com pisos antiderrapantes e barras de apoio são os mais requisitados pelos idosos


Fonte: Cimento itambé
Entrevistada: Naira Dutra Lemos: nairadutra@uol.com.br
Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330
 Fonte da Imagem :http://www.sindicotv.net/stv/wp-content/uploads/casa-terceira-idade.jpg

Um comentário:

  1. Prezado Senhor, preciso orientação.
    Aluguei um imovel de 3 quartos em janeiro. Fazem 06 meses que durmo no sofá na sala porque meu quarto tem muito mofo no armario. Em dois deles nao é possivel usar o armario por conta do mofo e nem dormir. A imobiliaria foi comunicada em janeiro. Foram feitas 05 tentativas de limpá-los sem sucesso.
    O proprietario diz que nao vai fazer nada a respeito e que posso sair a hora que quiser.Como ele nao quer manter o imovel nessa imobiliaria tenho a impressao que está me pressionando a sair para que possa livrar-se desse contato.A imobiliaria diz que nada pode fazer e conselhou a sair, assim sem mais nem menos,sem indenização, sem restituição do que paguei sem usar, sem contar toda a despesa de mudanca, reforma de imovel, que fiz em função de um contrato de 03 anos. Estive no juizado de pequenas causas e me disseram que é necessario um advogado para ver a causa. Um advogado me disse que lá nao será resolvido pq depende de vistoria e que a justica comum (precisa de vistoria) vai levar anos. Doutor estou quase maluca com minha roupa espalhada na sala e dormindo muito mal e pagando tudo direito. É muito humilhante forma que estao me tratando, como se eu nao tivesse como recorrer a ajudas. Como posso resolver isso?

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais