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sexta-feira, 18 de março de 2011

Crescimento do crédito imobiliário ajudou a gerar vagas de trabalho no setor

Por: Camila F. de Mendonça

18/03/11 - 08h55

InfoMoney


SÃO PAULO – A expansão do crédito imobiliário dos últimos anos impactou no mercado de trabalho do setor e alterou a dinâmica de quem atua com Administração de Imóveis. Tanto é que o número de corretores inscritos somente no Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) em 2010 foi quatro vezes maior que o de 2005.


“Tudo é consequência da oferta de financiamento, permitindo que muita gente compre imóveis”, considera o presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto. Para ele, os investimentos do governo em habitação, a melhora da renda e a facilidade do crédito formam um cenário favorável para o aquecimento do mercado de trabalho do setor. Hoje, cerca de 10 mil corretores estão inscritos no conselho, contra 2,5 mil de 2005.
Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta semana comprovam isso. De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o setor de Serviços foi o que gerou mais vagas em fevereiro. Foram 134 mil novos postos. Esse número fez com que o setor registrasse o maior saldo da história do levantamento.
Dentro do setor de Serviços, o segmento de Serviços de Comércio e Administração de Imóveis e Técnico-Profissionais foi o que mais contribuiu para a ampliação de vagas, com 40.947 postos criados no segundo mês do ano.
Interesses conflitantes

Para Viana, ainda que o governo adote medidas de contenção de crédito, os financiamentos imobiliários devem continuar em alta neste ano. Com esse cenário, o presidente do Creci-SP acredita que o mercado para quem atua com imóveis continuará favorável. “Continua o crescimento, porque há espaço”, afirma.


Dentro da área de Administração de Imóveis, é possível atuar com administração de locação e administração de condomínio. “Em administração de condomínio, temos profissionais de diversas áreas, como contadores e advogados, por exemplo”, afirma Viana. Ele explica que essa área não tem regulamentação própria.
Viana destaca que com a expansão do setor imobiliário e da Construção Civil, os profissionais mais demandados são os corretores de imóveis. “Se hoje temos cerca de 10 mil inscritos, neste ano o número pode ser um pouco maior”, afirma.
Quem quer aproveitar a crista dessa boa onda, contudo, precisa se especializar. “Só pode ser corretor quem é técnico de transações imobiliárias”, explica Viana. Para ter essa formação, é preciso completar o curso que leva o mesmo nome.
Para além da formação técnica, os corretores precisam ter habilidades específicas da área. “Ele precisa ter a capacidade de interpretar o que o cliente quer e ser um excelente mediador, porque ele lida com interesses conflitantes. Quem quer vender quer vender o mais caro possível e quem quer comprar quer comprar o mais barato possível”, afirma.
Novas vagas

Acompanhando o setor de Serviços, o da Construção Civil também registrou forte aumento na geração de vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, em fevereiro, foram criados 30 mil novos postos. A Indústria de Transformação também foi destaque no mês passado, ao criar 60 mil postos.
Ao todo, o Brasil gerou 280.799 novos empregos com carteira assinada, número recorde para o período. O resultado é 34,08% superior ao melhor desempenho registrado na série histórica do Caged ocorrido em fevereiro de 2010, quando foram gerados 209.425 postos.

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais