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quinta-feira, 17 de março de 2011

Financiando seu imóvel em 7 passos seguros.


Por Arq. Fabio Rocha / Sílvia Rocha



A compra de um imóvel, para uso próprio ou investimento, costuma ser um grande passo, em razão do expressivo capital envolvido. Trabalhando na área de construção e reforma há 15 anos, a equipe da Fabio Rocha Arquitetura percebeu que a fase do financiamento é a que gera mais dúvidas. Para auxiliar nesse momento tão importante, foi elaborado o roteiro a seguir, que orienta sobre os principais pontos do processo.


Roteiro para Aquisição de Financiamento
1º passo: escolha da instituição financeira
Parece uma ideia absurda, considerando que o banco só é envolvido depois que o imóvel foi escolhido. Mas não é!
Caso você não disponha de toda a quantia para comprar seu imóvel, precisará buscar um empréstimo junto a uma instituição financeira. Muitas são as opções no mercado, todas ávidas por tê-lo como cliente! Antes de qualquer coisa, é fundamental pesquisar as ofertas disponíveis, as diferenças entre as taxas de juros praticadas, o percentual de financiamento concedido, assim como as exigências e burocracias envolvidas. É muito importante identificar qual banco se ajusta melhor ao seu perfil, pois será um relacionamento para 10, 15, 20 ou até 30 anos!
Logo em seguida, você deverá procurar o gerente da agência escolhida e apresentar seus documentos pessoais e de comprovação de renda, informando qual quantia pretende financiar. Essa providência permitirá ao banco agilizar a análise de crédito. Com o exame cadastral, de perfil e capacidade de pagamento antecipados, geralmente se ganham de 30 a 40 dias no processo! Além disso, fica mais fácil negociar com o vendedor na hora de informar que o pagamento será feito por meio de financiamento.
2º passo: escolha do imóvel
Agora sim. Com a primeira parte da documentação em andamento, é hora de escolher o imóvel. Primeira recomendação: pé no chão e controle total da ansiedade e das expectativas!
Faça uma seleção considerando a região de sua preferência, o tamanho, número de cômodos e o valor pretendido. Para isso, poderá contar com os classificados do jornal, a internet e os corretores de sua confiança. Lembre-se sempre: não se empolgue com a primeira visita; o investimento é alto e merece uma decisão acertada. Conter o entusiasmo diante dos vendedores também ajuda nas negociações.
3º passo: efetivação do compromisso de venda e compra e análise da documentação do imóvel
Se você pensava que depois de ter feito a escolha do imóvel estava tudo pronto, enganou-se... Agora recomeça a parte burocrática. Neste momento é bom contar com a ajuda de um especialista. Recomenda-se que um advogado analise todos os documentos, desde os referentes ao imóvel, ao processo de financiamento até os documentos dos vendedores.
Segundo Cleide G. Santos, advogada de São Paulo pós-graduada em Direito Imobiliário, “o estudo da documentação imobiliária, que precede a aquisição do bem, tem dois objetivos principais: verificar e minimizar o grau de risco da aquisição e demonstrar, se for necessário, a boa-fé do adquirente”.
E destaca ainda: “É possível negociar um valor fechado com o profissional e o custo da avaliação ficar em torno de um salário mínimo. É um dispêndio que deve ser encarado como investimento, pois muitos problemas podem ser evitados nesta fase. O objetivo nunca será inviabilizar negócios, mas sim orientar quanto às correções e precauções necessárias”.
O profissional contratado também poderá elaborar o compromisso de venda e compra, que é o instrumento legal que oficializa a negociação do imóvel, sendo destacada neste instrumento uma cláusula específica para a documentação.
4º passo: análise dos vendedores
Neste momento é avaliada a situação dos vendedores. É muito importante verificar se há restrições que possam recair sobre o bem. Além disso, ao analisar a documentação o comprador pode antecipar correções e esclarecimentos, novamente agilizando o processo de financiamento.
Invariavelmente, a instituição financeira que cederá o crédito analisará toda a documentação apresentada. Porém, recomenda-se que o comprador tenha conhecimento de tudo, pois ele será o pleno proprietário do imóvel futuramente.


5º passo: análise detalhada do contrato de financiamento

Nesta fase é hora de decidir sobre os detalhes do financiamento: o sistema de amortização e garantia, a forma de reajuste, se será ou não utilizado o FGTS. Deve-se tomar conhecimento de todas as tarifas cobradas pelo banco e negociar quando possível.


Uma dica é optar pelo débito em conta corrente. Apesar do inconveniente de ter de abrir uma conta no banco que oferece o financiamento, o desconto pode chegar a 1% referente à taxa de juros (ao ano) sobre o saldo devedor.

Cuidado: conforme o Código de Defesa do Consumidor, artigo 39, inciso I, é vedada a qualquer estabelecimento comercial a prática da “venda casada”. As empresas que recorrem a essa prática estão sujeitas a sanções administrativas que vão desde multa até a cassação da licença. Infelizmente, alguns bancos condicionam o financiamento à compra de um seguro de vida ou cartão de crédito, por exemplo.


6º passo: projeto de reforma do imóvel, contratação de equipes e execução da obra


Nesta fase, presume-se que tudo deu certo: a escolha do banco e do imóvel, o fechamento do negócio com o compromisso de venda e compra, a análise de todos os documentos e a obtenção do crédito.


Talvez seja a hora de descansar, passar uns dias na praia ou na montanha, recarregando as energias e se preparando para a etapa final: a adequação do imóvel ao seu perfil e necessidades.


Em nossa opinião, um erro gravíssimo, e infelizmente muito comum, é iniciar a obra sem uma planilha orçamentária detalhada e sem o cronograma executivo.


O projeto arquitetônico possibilita uma eficiente utilização do imóvel adquirido e contribui para a valorização desse imóvel. Além disso, junto ao projeto executivo é disponibilizado o memorial descritivo, relatório que possibilita realizar um orçamento detalhado e preciso, bem como planejar o prazo de execução.

7º passo: mude-se, comemore e seja feliz! Você lutou muito para chegar até aqui!

Fonte : IBDA

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais