Post do IBEI

terça-feira, 22 de março de 2011

São Carlos tem demanda por imóveis e falta de mão de obra




São Carlos, SP - A exemplo de inúmeras cidades brasileiras, São Carlos, no interior de São Paulo, vivencia a escassez de produtos, serviços e de mão de obra no setor da construção civil, enquanto em outra ponta há demanda por novos lançamentos.

Na área imobiliária, a cidade oferece mais de 50 vagas para corretores. No serviço braçal da construção, há 65 vagas em aberto para servente de obras e 37 para pedreiro. Há também procura por eletricista, carpinteiro, encarregado de obras, colocador de pisos, entre outros.

“Até materiais básicos chegam a faltar, como blocos, cimento e ferro”, relata o diretor da Fortefix Construtora e Incorporadora, Bruno Franceschi. A empresa cresceu 400% em 2010, e o mercado de São Carlos, de acordo com o engenheiro, continua pedindo mais. “Porém, foi necessário frear lançamentos de novos empreendimentos, para não desorganizar nossa administração e não perder a qualidade nas obras”, ressalta o engenheiro Franceschi.

A carência de mão de obra e de materiais também é sentida pelo Departamento de Engenharia da Construtora RPS, que vem encontrando dificuldade para adquirir aço pronto, materiais de hidráulica, tijolos e cimento de qualidade a preço compatível. Para a empresa, os principais motivadores do bom momento do setor são os programas governamentais, assim como o crédito fácil oferecido por bancos públicos e privados.

Prefeitura segue mesmo ritmo - Nos dois primeiros anos da atual gestão municipal, foram construídas em São Carlos 4.120 casas, por meio dos programas habitacionais do governo federal. À frente da prefeitura está Oswaldo Barba, que se prepara para comemorar a entrega de outras 1.135 moradias.
“Os programas de moradias populares ajudaram no crescimento das vagas para os trabalhadores na construção, pois é necessário terminar os empreendimentos e vender”, destaca Emerson Domingues, secretário de Trabalho, Emprego e Renda da prefeitura de São Carlos.

A demanda por mão de obra em São Carlos tem espelho no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos últimos doze meses, a cidade cresceu em 10,43% a geração de empregos no setor da construção. Nos dois primeiros meses de 2011, o crescimento já bate na casa dos 2,73%.

Diante da escassez de profissionais do sexo masculino, a prefeitura quer estimular a participação das mulheres no mercado de trabalho da construção. A partir de abril, via Secretaria de Emprego e Renda e Fundação Educacional São Carlos (Fesc), serão abertos cinco cursos para a área, voltados somente para o contingente feminino. Participantes concorrem a 150 vagas, sendo que o número de inscritas chega a 95, até agora.

O acelerado movimento no mercado sancarlense vem contribuindo para escassez de mão de obra em toda a região. Faltam engenheiros, serventes, pedreiros, e há espera até para contratar serviços terceirizados.

No entender de empresários locais, como Bruno Franceschi, um fator relacionado à falta de trabalhadores no setor é a migração temporária de operários vindos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo o engenheiro, há uma tendência de retorno à terra natal no final do ano, que se estende por dois ou três meses até a volta para as cidades do interior paulista.


FONTE: R7

4 comentários:

  1. Concordo com o Sr. Bruno. Pude perceber após receber meu imóvel no cond. res. Sampre Verde I que a contrutora dele (Forte Fix)não conta com mão de obra especializada, pois a minha casa entregue em 17 dez 11 está com infiltração em todos os cômodos, o piso foi mal assentado e entregue com rejunte permanentemente encardido, entre outros. Enfim infelizmente não tem devolução....

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    1. Meu caro, também sou uma compradora frustrada do Sempre Verde 1 feita pela construtora Forte Fix na cidade de São Carlos. Se eu soubesse do lixo que iriam nos entregar, jamais compraria. Infelizmente os empreendedores e engenheiros (em sua maioria) pensam somente em lucro. Não sei onde fizeram o curso de engenharia, não sei quem foram os professores. Sempre Verde 1, uma vergonha!
      Não sei se a falta de mão de obra justifica tanta falta de qualidade.
      Acho louvável o Prefeito capacitar e apostar na mão de obra feminina para fazer o trabalho que até então era feita por homens. A parte pública foi entregue em ordem (infraestrutura) mas a parte da construtora, lamentável!

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  2. Eu também gostaria de saber se posso devolver minha casa no Sempre Verde I feita pela Forte Fix. Casas cheias de infiltrações e o acabamento é de péssima qualidade. Não sei como a empresa conseguiu o tal ISO 9001 - é só no papel.

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  3. Comprei no sempre verde 2 com a promessa de uma casa melhor, e como os compradores do 1 cai do cavalo, casa de pessima qualidade visual, com pisos tortos e paredes que até a minha avó faria melhor...descobri que essa tal de fortefix irá fazer apartamentos pela forteurbe..coitado de quem comprar

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais