Post do IBEI

segunda-feira, 14 de março de 2011

Recursos disponíveis para reforma e construção de imóveis

Recursos disponíveis para reforma e construção de imóveis


Confira as principais opções do mercado

Carin Homonnay Petti, especial para o iG


Compartilhar: Conseguir crédito para reforma e construção costuma dar mais trabalho que financiar a compra de um imóvel pronto. De saída, é preciso apresentar projeto, assinado por um engenheiro, com o cronograma da obra e a previsão de gastos para cada etapa. Após sua aprovação, o banco providenciará vistorias mensais para verificar se a obra está avançando conforme o previsto. Só então, a parcela é liberada.



Com isso, o sistema exige recursos próprios para o fluxo de caixa. “É preciso ter fôlego financeiro para primeiro construir e depois ir recebendo o dinheiro”, diz o gerente de construção civil da Caixa Econômica, Nédio Rosselli Filho. Para quem não pode esperar, a saída pode ser recorrer a linhas específicas para compra de material de construção. Os juros, porém, são pelo menos duas vezes maiores que os cobrados nas operações abaixo:
Financiamentos só para construção

SFH


Condições:

Valor máximo do imóvel - R$ 500 mil

Máximo financiado - geralmente de 80% a 90% do valor do imóvel (compra) e de 70% a 90% (construção)

Juros aproximados - Parcelas pós-fixadas: de 8,5% a cerca 10,5% ao ano mais variação da TR. Parcelas fixas: de 12% a 13% ao ano

Prazo: até 30 anos

- Como funciona:

O SFH é a opção mais barata para quem busca financiar a compra e construção de imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil e não se enquadra em programas de menor custo, como o Minha Casa Minha Vida, Carta de crédito FGTS – destinados à população de menor renda – ou Pró Cotista, com recursos limitados.

Os juros são limitados a 12% ao ano mais TR nas operações pós-fixadas, as mais comuns do mercado. Na prática, porém, as taxas são menores. “Com a concorrência entre os bancos, ninguém consegue cobrar 12%”, diz Cláudio Borges, diretor da área de crédito imobiliário do Bradesco.

Imóveis mais baratos, avaliados em até cerca de R$ 150 mil, costumam ter juros mais em conta, entre cerca de 8,5% e 9% ao ano mais TR. Para os imóveis acima de cerca de R$ 150 mil, as taxas costumam ficar entre 10% e 11% ao ano mais TR.

Programa pró-cotista

Condições:

Valor máximo do imóvel - R$ 500 mil

Máximo financiado - 85% do valor do imóvel novo ou 80% do valor do imóvel usado

Juros aproximados: 8,66% ao ano mais TR

Prazo: até 30 anos

A quem se dirige: contribuintes do FGTS

- Como funciona

O programa, custeado com recursos do FGTS, é um dos mais vantajosos da praça, sobretudo para quem busca imóveis novos ou usados com preço entre R$ 150 mil e R$ 500 mil, cujas taxas no FGTS costumam ser mais altas. A linha também financia construção, caso em que pode incluir a aquisição do terreno. É oferecida pela Caixa e, para empreendimentos conveniados, também pelo Santander.

A linha, porém, está sujeita à disponibilidade de recursos em cada estado. Para ter acesso, é preciso ter contribuído para o FGTS por pelos menos três anos, consecutivos ou não. No caso das contas inativas, é exigido saldo equivalente a pelo menos 10% do valor do imóvel.

Não tem acesso à linha quem já tem financiamento concedido pelo SFH em qualquer lugar do Brasil ou é proprietário de outro imóvel residencial na cidade, municípios vizinhos ou região metropolitana onde vive ou trabalha.

Financiamentos para construção e reforma

Carta de crédito FGTS

Condições:

Valor máximo do imóvel -R$ 80 mil, 100 mil ou 130 mil, conforme a cidade

Máximo financiado -100% do valor do imóvel (financiamento até 240 meses), 90% do valor do imóvel (financiamento de 241 a 300 meses) ou 80% do valor do imóvel (de 301 a 360 meses)

Juros - 5 % ao ano mais TR (renda familiar de R$ 465 a R$ 2.325,00); 6% ao ano mais TR (renda familiar de 2.325,01 a R$ 2.790,00); 8,16% ao ano mais TR (renda familiar de R$ 2.790,01 a R$ 3.900,00 ou, conforme a cidade, até R$ 4.900,00).Nos três casos, há redução de meio ponto percentual para quem tiver contribuído ao fundo de garantia por pelo menos três anos, consecutivos ou não.

Prazo - até 30 anos

A quem se dirige - pessoas com renda familiar mínima de R$ 465 reais e máxima de R$ 3.900 s ou R$ 4.900, conforme a cidade

- Como funciona:

Com taxas vantajosas, a linha é boa opção para famílias de menor renda na compra de imóveis novos ou usados. Também financia a construção, caso em que pode incluir a aquisição do terreno.

A Caixa Econômica Federal oferece a carta de crédito diretamente ao comprador. No Santander, o financiamento está disponível para imóveis novos conveniados. No caso, a construtora responsável pela venda encaminha o cliente ao banco para a obtenção do crédito.

Não tem acesso à linha quem já tem financiamento concedido pelo SFH em qualquer lugar do Brasil ou é proprietário de outro imóvel residencial na cidade, municípios vizinhos ou região metropolitana onde vive ou trabalha.

Linhas com taxas de mercado

Condições:

Valor do imóvel - Acima de R$ 500 mil na maior parte das vezes, com valor máximo definido a critério de cada banco

Máximo financiado - Geralmente entre 80% a 90% do valor do imóvel (compra) ou entre 70% e 90% do valor do imóvel (construção)

Juros aproximados –Parcelas pós-fixadas: de 11 e 12% ao ano, mais variação da TR. Prestações fixas: 13% ao ano.

Prazo - Até 30 anos

- Como funciona:

Na busca ao crédito, os financiamentos com taxas de mercado são a opção para quem quer comprar um imóvel avaliado em mais de R$ 500 mil.

Os juros, porém, são mais altos, principalmente se comparados aos oferecidos pelo SFH para imóveis de até cerca de R$ 150 mil.

Um comentário:

  1. Olá, boa noite meu nome é Eliane moro em Brasília DF, e estou em busca de um financiamento para construir uma casa no mesmo terreno em que a minha mãe mora, eu e meu marido temos uma renda de mil reais mensais, eu gostaria de saber se para o financiamento da Carta de crédito da Caixa é necessário ter o nome limpo. Obrigada.

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais