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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Balanço Crédito imobiliário da Caixa é recorde

14 de fevereiro de 2011 - 09:39
Luciano Amarante Presidenta da Caixa Maria Fernanda Coelho divulgou o balanço Crédito imobiliário da Caixa é recorde
Marcela Fonseca
Com o investimento de R$ 77,8 bilhões em habitação, durante o exercício de 2010, a Caixa Econômica Federal (CEF) fechou o ano com recorde em crédito imobiliário, superando em 57,2% os investimentos do ano anterior. Só no programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida foram financiadas um milhão de moradias. O banco concedeu ao todo quase R$ 200 bilhões em suas variadas linhas de crédito.


De acordo com balanço divulgado na última sexta-feira pela CEF, o banco atingiu a marca de R$ 194 bilhões em concessão de créditos, entre financiamentos de veículos e crédito pessoal, por exemplo. A instituição teve lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, em 2010, crescimento de 25,5% em relação ao ano anterior.

Só em contas poupança, a CEF superou a marca de 40 milhões e foram recolhidos mais de R$ 129 bilhões em depósitos.

Em habitação a CEF continuou batendo recordes ao realizar o maior investimento habitacional de toda a sua história. Os R$ 77,8 bilhões correspondem a 70% de todo o crédito imobiliário do mercado.

Em todo o Estado de São Paulo foram financiados 256.418 contratos de moradia, no valor de R$ 19,6 bilhões.

“Em 2011 esperamos beneficiar mais de 400 mil famílias”, disse a presidenta da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho. Segundo Maria Fernanda, a Caixa registrou ainda a menor inadimplência na concessão de crédito imobiliário. “O programa Minha Casa, Minha Vida tem tornado cada vez mais rápido e seguro o processo de concessão de crédito. Ano passado tivemos 1,6% de inadimplências, a menor taxa da história do setor imobiliário”, afirmou.

Metas para 2011 são otimistas

De acordo com Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa Econômica Federal, a estimativa de crescimento da carteira de crédito destinada a investimentos no ramo imobiliário é de 30%. “Nossa expectativa para 2011 é de crescer cerca de 30%. É um crescimento menor, com uma base maior”, disse.

Para Maria Fernanda, os resultados alcançados ressaltam o importante papel da CEF como banco público socialmente responsável. O banco fechou o ano de 2010 com 40 mil pontos de atendimento. Em 2011, a meta é abrir outros 200 locais de atendimento.

A Caixa também pretende fazer novas aquisições, mas descarta compras fora do Brasil. Mesmo a América Latina está fora dos planos, segundo a presidente do banco público, Maria Fernanda Ramos Coelho.

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais