Post do IBEI

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Clima provoca retração

Elian Guimarães - Estado de Minas





Recuo da construção civil em janeiro foi de 47,2 pontos em relação a dezembro, mas setor aposta no crescimento de obras de edifícios e moradias

Apesar da queda na atividade, mercado da construção civil trabalha com cenário positivo para este ano

Pela primeira vez, desde que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou a medir, há um ano, o crescimento do mercado da construção civil, houve recuo em relação ao mês anterior. O indicador utilizado na metodologia da sondagem varia de zero a 100, sendo que os valores acima de 50 indicam crescimento da atividade. A pontuação de janeiro registrou um índice de 47,2 pontos em relação a dezembro.

Isso não significa que o setor deixará de crescer este ano, segundo o gerente executivo de pesquisa, avaliação e desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca, que considera esse resultado sazonal, uma vez que o clima chuvoso de janeiro pode influenciar no crescimento da construção. "Há outros índices, como o de nível de atividade efetiva em relação ao usual, que atingiu 51,6 pontos. Podemos dizer que é condizente com o mês de janeiro, resultado das condições climáticas".

Olhando por esse lado, os empresários da construção civil se mostram otimistas quanto aos próximos seis meses. As expectativas sobre o nível de atividade atingiram 63 pontos (contra 61,9 pontos em janeiro), e 63,3 pontos sobre novos empreendimentos e serviços (foram 62,8 pontos no mês anterior), chegando a 61,5 pontos (contra 59,9 em janeiro) nas compras de insumos e matérias-primas. As previsões sobre o número de empregados chegaram a 61,3 pontos.

Para Fonseca, o setor mais afetado foi o de infraestrutura, em que o grosso de obras é externo, mais que da construção de imóveis, quando se pode continuar produzindo em período chuvoso. A expectativa dos empresários do setor é positiva, principalmente no que diz respeito à construção de edifícios e moradias.

INDICADORES

O índice da atividade da construção civil em dezembro passado havia atingido 51 pontos. As pequenas empresas registraram a maior retração, com 44,6 pontos em janeiro, seguidas pelas médias, com 47,8 pontos. O ritmo das grandes empresas ficou em 49 pontos.

Por subsetores, o maior declínio ocorreu em obras de infraestrutura, com 45,1 pontos, enquanto os serviços especializados ficaram em 46,2 pontos e a construção de edifícios situou-se em 47,3 pontos, em janeiro. O trabalho revela que o número de empregados no setor manteve-se praticamente estável em janeiro, com 49,5 pontos.

A Sondagem da Construção Civil ouviu 390 empresas, entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, das quais 190 pequenas, 148 médias e 52 grandes. Segundo a CNI, a partir da pesquisa de janeiro, as questões relativas à evolução do número de empregados e expectativa do número de empregados passam a ser feitas mensalmente.

Fonte : Estado de minas

Um comentário:

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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais